Avançar para o conteúdo principal

Bento Mutoba é o vencedor do EU VOU ACONTECER

 


Com 21 anos de idade, Bento Mutoba, da província de Inhambane, é o vencedor do EU VOU ACONTECER - concurso de declamação de poesia onde, apurados entre vários inscritos e constituindo uma academia virtual, 20 adolescentes e jovens moçambicanos, de 6 províncias das 3 regiões, disputaram pelo prémio de 10.000,00 Meticais e um kit de livros.

 

António Quimisse (21 anos) e Frank Banze (17 anos), ambos de Maputo, conquistaram a segunda e terceira posições, levando para si um kit de livros, 5.000,00 e 2.500,00 meticais, respectivamente. Os 3 vencedores foram ditados pelo público, através de um sistema de votação por SMS.

 

O concurso visa, ademais, impulsionar o talento na declamação e aperfeiçoar as habilidades dos participantes nesta arte, por isso, não é só o prémio, durante perto de 3 meses, os concorrentes beneficiaram-se de workshops de declamação de poesia protagonizados pelos declamadores moçambicanos Maria Raufa (a partir da Rússia), David Bene (Japão), Lúcia Tite (Brasil), Assane Ramadane João (Zambézia), Otildo Justino Guido (Gaza), Mabjeca Tingana, Daniela Mussagy e Obedes Lobadias (Maputo).

 

Tal é o caso de Sérgio Anuário (18 anos, Gaza), Liliana Mabunda e Celestina Sitoe (18 anos, Maputo), alguns dos participantes, incluindo os vencedores, ganharam no concurso, 10 bolsas para formação em “Comunicação Visual e Liderança”, “Como falar em público”, “Corte e Costura”, além de oportunidades para participação em eventos, produção de concertos individuais, assistência e gestão de carreira.

 

Outro destaque vai para Romena Zunguza (10 anos, Maputo) e Janeth Artur (16 anos, Nampula), que foram as participantes mais novas, porém cheias de talento. Sofala, Nampula, Zambézia, Gaza, Inhambane, província e cidade de Maputo são as províncias que ganharam representação, nesta primeira edição maioritariamente concorrida por mulheres.

 

Iniciativa e realização da Malta Que Acontece e Taduma, o certame aconteceu desde Dezembro último e chegou ontem (10 de Março) ao fim, com o apoio da Lente & Lupa, Uanissa Serviços, Portal Karingana, Moçambique Visionário e Valério Agência.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Basta, Agualusa! - Ungulani Ba Ka Khosa

À  primeira perdoa-se, à  segunda tolera-se com alguma reticência , mas à  terceira, diz-se basta! E é  isso que digo ao Agualusa, escritor angolano que conheço  há mais de trinta anos. Sei, e já  tive oportunidade de o cumprimentar por lá, onde vive há anos num recanto bem idílico da Ilha de Moçambique; sei que tem escrito tranquilamente nessa nossa universalmente conhecida ilha; sei, e por lá passei (e fiquei desolado), que a trezentos metros da casa de pedra que hospeda Agualusa estendem-se os pobres e suburbanos bairros de macuti (cobertura das casas à base das folhas de palmeiras), com  crianças desnutridas, evidenciando carências  de gerações de desvalidos que nada beneficiaram com a independência de há 49 anos. Sei que essas pessoas carentes de tudo conhecem, nomeando, as poucas e influentes famílias moçambicanas que detém o lucrativo negócio das casas de pedra, mas deixam, na placitude dos dias, que os poderosos se banhem nas águas  d...

Gibson João José vence a 17ª edição do Prémio Literário José Luís Peixoto

  Gibson João José, natural da província de Inhambane, Moçambique, foi um dos vencedores do Prémio Literário José Luís Peixoto em 2024, na categoria destinada a não naturais ou não residentes no concelho de Ponte de Sor. O escritor conquistou o prémio ex aequo com a obra Em Vogais, ao lado de Paulo Carvalho Ferreira (Barcelos), distinguido pela obra Almanaque dos dias ímpares. Para Gibson, “ter vencido o Prémio Literário José Luís Peixoto | 2024 constitui uma enorme satisfação e, talvez, um bom sinal para quem conquista o seu segundo prémio e está a dar os primeiros passos nesta jornada de incertezas”. Acrescenta, ainda, que esta vitória é "também um marco na literatura moçambicana, que, nestes últimos tempos, tem-se mostrado vibrante e promissora, com autores novos que, a cada dia, elevam o seu país além-fronteiras”.O Prémio Literário José Luís Peixoto é atribuído anualmente pela Câmara Municipal de de Sor em 2006, tendo a sua primeira edição ocorrido em 2007. Segundo a organiza...

Pedro Pereira Lopes vence o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024

O escritor moçambicano Pedro Pereira Lopes foi distinguido com o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024 pela sua obra “Tratado das Coisas Sensíveis” . Este prestigiado prémio literário, instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), tem como objetivo promover a literatura de língua portuguesa, reconhecendo obras de autores que se destacam pela excelência e originalidade. Além da consagração de Pedro Pereira Lopes, a obra “A Vocação Nómada das Cidades” , de autoria de André Craveiro, recebeu uma Menção Honrosa . Sobre o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura O Prémio, em homenagem a Vasco Graça Moura, figura incontornável da literatura portuguesa, destina-se a premiar obras inéditas no âmbito da poesia, ensaio ou ficção. Além de prestigiar autores de língua portuguesa, o concurso visa estimular a criação literária e assegurar a publicação e promoção das obras premiadas. As candidaturas são abertas a autores de qualquer nacionalidade, desde que os trabalhos sejam a...