Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens com a etiqueta Fernando Couto

5 poemas de Fernando Couto seleccionados do livro Monódia

Os Exílios Ferida aberta, o ar magoa nos dias de cinza, incruenta e incurável no dobrar dos dias - cordão umbilical sem corte possível E, todavia, uma outra ferida se rasgará no teu seio indefeso á lancada do teu regresso desse primeiro exílio. 1985 Asa irreprimível o fascínio da asa: tanto que a demos aos anjos! 1987 Crepúsculo Grave a montanha lenta se transfigura. Doirada e tranquila a tarde vai morrendo de azul de longe e de paz. No coração desta paz quase palpável o sangue não pulsa mas doirada a luz palpita em minhas veias: suavemente vou sentindo que também sou imortal. 1985 Poesia meu anseio Quero-te poesia incandescência de lava queimando-me o coração e um delido fio de ternura velando os meus olhos. 1967 Fernando L. Couto Outono Já  Outono despoja as arvores com atenta e carinhosa mão. Em sangue e ouro se esvai e arde em silenciosa labareda. é já prenúncio em volta da morte invernal surgindo. Grave lenta suavemente Outono mela