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Fique em casa de Luís Nhazilo

O Alberto parou de sorrir, os seus olhos assustavam, com semblante cismado, afastou-se de mim. - Não se aproxime. Estava confuso, levantei as costas dos meus braços para que avaliasse qualquer eventualidade; nada. Quase a chover de preocupação, vi o Alberto a fugir, enxotado de culpa, medo, repentinos. Tentei gritar. - Vai ficar em casa! Disse, de longe. Dei arrecuas. O dia está chuvoso, o guarda-chuva ficou em casa, como sempre, apenas lembro enquanto molho. Não paro de pensar no meu amigo, pior, pela forma como me tratou; pareceu o Ricardo, meu irmão, jovem, escuro, sério, calado, de 19 anos, que em toda sua vida só soube zangar. Tinha talento o miúdo. - Coisas da Família. Saí muito cedo da casa dos meus pais, com despreparo na ponta da mente, dias angustiados não me faltaram, o meu irmão denunciara-me, bem que, ao menos, pouca razão tinha, encontrou-me a olhos vistos fumando: - Mano, afinal fumas?, foram sombras no dia; engoli minha própria língua, as palavras sem nexo me balbu

Se eu voltar novamente matem-me! de MARIA RAUFA

Matem-me com a força motriz. Matem-me como se estivessem lavrando a mente daqueles doentes absolutamente inconscientes. Matem-me como se estivessem esmagando as verdadeiras provas de que este mundo é um verdadeiro caos onde residem seres ligeiramente hipócritas, filhos da mãe. Seria burrice minha continuar a mergulhar na insensatez humana. Entrar no mecanismo que se intitula racional em cada ventilar estético que cega os olhos deste mundo surdo e mudo. Quando a morte alia-se ao vento é como o sol e a lua a morrem. Renascem e conjugam-se constantemente no ondular da vida e, a amizade infinita é o ar que respiro/ expiro. Saudei a morte pela primeira vez quando abandonei o peito da minha mãe e inspirei os odores da vida. Inda saudei a frieza daqueles homens que depois de libertar o meu povo foram diluídos em espírito de inveja e ganância. E morri. Nos olhos dos outros quando vi o meu vizinho matando a sua esposa, grande marxista vestindo seu slogan " onde há galo não canta ga

Submissão de Originais para autores da província de Inhambane

PROJECTO TINDZILA – EDITAL LITERÁRIO PARA AUTORES DA PROVÍNCIA DE INHAMBANE PROJECTO TINDZILA – INHAMBANE Correio Electrónico: projectotindzila@gmail.com Facebook: ProjectoTindzila Blog: www.projectotindzila.blogspot.com Contactos: +258 842453273/+258 841234591/+258 844085779 EDITAL   Nº 01/2019 O Projecto Tindzila é uma iniciativa cultural, sem fins lucrativos, vocacionada na dinamização da cultura, em especial da LITERATURA na Província de Inhambane, sob a licença nº 01/GDI/201. O presente projecto literário surge pela necessidade de promover a transversalidade literária da Província de Inhambane como forma de garantir o reconhecimento dos novos autores desta parcela do país. Ademais, o desenvolvimento do presente projecto se circunscreve na necessidade de elevar a latente cultural da província por via da divulgação e promoção da cultura local através da incentivação na de produção de obras literárias. 1. DOS OBJETIVOS E DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1.1 O