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A Filantropia no poema Hino à minha terra

Craveirinha, conceituado poeta moçambicano, um dos que não se vergou diante das mazelas sociais, traz-nos no poema Hino à Minha Terra o seu humor característico, patriótico, empático e filantrópico, sem deixar as marcas da africanidade e negritude constantes em sua poesia. O poeta-mor, inicia-se no poema demonstrando-nos a sua compaixão pelos Homens, o amor pela terra e o universo à sua volta, ora vejamos: O sangue dos nomes é o sangue dos homens.   […] Coloca-se não como um observador e ou emissor de opinião contra a exploração do homem pelo homem apenas, mas como quem vive cada dor, tristeza e desalento do seu tempo. Faz fé de que o seu sangue é o mesmo sangue dos Homens. A sua dor é a mesma dor que o Homem sente. Como não, se ele também nascera Homem. E ao conceber-se um nome, concebe-se a existência. Se há Craveirina é que existe quem assim se nomeou. A aniquilação de um nome é também do seu dono. Só é capaz de aniquilar o outro quem não ama. Quem talvez nome não mereça.

Alguns Poemas de Jose Craveirinha

 Nossa cidade Nossa cidade esquisita na bilharziose das compridas noites amansadas como gatas de estimação ronronando aos pés do dono e sobre as citadinas coxas de pedra entreabertas no lençol como uma mulher saciada a segunda vez. e nas ilhargas da cidade os maldito meninos de rostos tatuados de ranho seco todos como pássaros fisgados no cajueiro dos malefícios todos com os olhos amarelos de gemadas longínquas de sol                                                                                                       (africano todos em carne viva sem sulfas de naco de pão todos a castanha de caju mastigada nos molares antropófagos                                                                                                       (da rua. Nossa cidade cemitério de mortos antes de o serem e deserto povoado de um José - mulato jipe de caricias nos joelhos nus das raparigas esfomeadas também de angustias de cio fêmeas e machos abotoados de ociosidade devorando-s