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A Filantropia no poema Hino à minha terra

Craveirinha, conceituado poeta moçambicano, um dos que não se vergou diante das mazelas sociais, traz-nos no poema Hino à Minha Terra o seu humor característico, patriótico, empático e filantrópico, sem deixar as marcas da africanidade e negritude constantes em sua poesia. O poeta-mor, inicia-se no poema demonstrando-nos a sua compaixão pelos Homens, o amor pela terra e o universo à sua volta, ora vejamos: O sangue dos nomes é o sangue dos homens.   […] Coloca-se não como um observador e ou emissor de opinião contra a exploração do homem pelo homem apenas, mas como quem vive cada dor, tristeza e desalento do seu tempo. Faz fé de que o seu sangue é o mesmo sangue dos Homens. A sua dor é a mesma dor que o Homem sente. Como não, se ele também nascera Homem. E ao conceber-se um nome, concebe-se a existência. Se há Craveirina é que existe quem assim se nomeou. A aniquilação de um nome é também do seu dono. Só é capaz de aniquilar o outro quem não ama. Quem talvez nome não mereça.

Um dedo de conversa para espantar o tédio com a jovem poeta Nwatshukunyane Khanyisane

Sentamo-nos para bisbilhotar a música que soa entre o tamborilar do silêncio da casa e o espicaçar do vazio da rua, uma réstia de sombra trouxe-nos o encalço do voo, e a parida era incerta até que ante uma jovem poeta se reanimou a asa da conversa, foi neste bater de asas que nos saiu este mini diálogo de amaras e sonhos. E o diálogo foi a ganhar vida na tentativa de arrancar da gaveta os silêncios sagrados dum sonho adiantado, desta jovem-mulher, nascida num dos subúrbios de Maputo cidade. No ano de 1999. Conclui o ensino médio no ano de 2017. Como ela contou-nos: apaixonei-me pela arte quando criança, eu rabisco desde aos 9 ou 10 anos de idade. No ano de 2014, começo a participar em alguns concursos de caligrafia, leitura na escola secundária (com sucesso sai vencedora em alguns) 2019 foi o ano em que concorri com insucesso na batalha de poesia Moz SLAM, e no concurso Festival de poesia da Universidade pedagógica com sucesso ganhei: na categoria de melhor tema inovador. Nwatsh

Amor, hoje vou te coronar de Álvaro dos Reis

Imagem Já se passaram quatro dias que o Mateus não sai de casa. A quarentena estava a ser comprida a sério pela sua família. A empresa cedeu um computador para que ele pudesse trabalhar remotamente. Em dois dias, conseguiu fazer trabalho que levaria uma semana se estivesse a trabalhar na empresa. Tudo estava feito e, as restantes horas passava folheando em clicks às páginas do facebook. “Que tédio. Que solidão”. Dizia com os seus pensamentos que se esvoaçavam nas desinformações das redes sociais. O seu filho tentara caçar alguns carinhos nos primeiros dias em que este trouxe o trabalho para casa, mas uma rede elétrica foi montada no lado oposto a mesa. “Imaginem que deste lado tem fios elétricos que fazem vedação da minha mesa. Imaginem que não estou em casa. Devem tratar-me como se estivesse no trabalho”. Dissera nas primeiras horas do dia de trabalho remoto. Num segundo dia, brigara com a sua esposa, pois ela não tinha feito o almoço e, quando este s queixou de fome,

Um casal só torna-se pobre quando a mulher for burra, texto de Luís Nhazilo

imagem Prima, não é a primeira   vez que te digo algo similar a isto: um casal só torna-se pobre quando a mulher for burra. Repare como a minha vida está, há por detrás disto, uma maratona de sofrimentos, uma gasolina de esforços que eu e o meu marido ingerimos e, talvez, litros de sangue de alguém que foram entornados; sou casada há vinte três anos com o Lourenço, o meu casamento, não foi dos melhores, confesso; na verdade, tudo porque obrigaram o meu marido a fazê-lo. Podes sentar porque, não posso te mentir, a história é longa. Na época, o meu marido vendia Tapioca no mercadinho, ali ao lado da escola de bunhiça, na Matola, isso em noventa e sete, bem antes de ser segurança nas machambas do primeiro de Maio, aliás, mesmo essa oportunidade que surgiu para que fosse trabalhar na MOZAL como serralheiro ajudante, que recebia quinzenalmente, haaaa, é de hoje. Eu sempre fui proibida de sair de casa, só de espreitar a rua era um pecado maior, que, se dependesse deles, Jesus O Cristo

Um Tindzileiro conquista o 1º lugar da 3ª edição do prémio Literário Fernando Leite Couto na modalidade de poesia

O Projecto Tindzila leva o prémio literário da 3ª edição Fernando Leite Couto para Inharrime na pessoa de Otildo Justino Guido “ KA MADAUKANE E O SILÊNCIO DA PELE ” f oi a obra que consagrou o jovem Otildo Justino Guido, natural de Inhambane, residente actualmente na província de Gaza, no passado dia 12 de Dezembro de 2019, vencedor da 3 edição do prémio Fernado Leite Couto num universo de 96 obras concorrentes. Biografia   do Poeta   OTILDO JUSTINO GUIDO, moçambicano, nascido no distrito de Maxixe, na província de Inhambane; formando em Contabilidade e Finanças; membro da Associação Cultural Xitende; um dos mentores do Projecto Cultural Tindzila; é compositor de letras de música, poeta e escritor; participou no projecto “Nova Poesia Africana de Expressão Portuguesa” (2015); participou na antologia Internacional da CPLP “Entre o Samba o Fado e a Poesia” (2015), participou na antologia “Obsessões” da editora Lua de Marfim (2015); participou na colectânea de conto