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Por Leonel Versos Vidas…

Espera por mim Durma é o que te peço. Estou nesta causa deserta na qual verdades adormecem Suspirando, vivendo que mimos, a Deus que pertencem Minha alma devaneia assombrada na saudade de teus versos, hábitos meus No clarão da lua, no fresco da viração do dia vago transparente. Céus. Durma é o que te peço.   O deserto ainda é longo, a saudade é brava O mar molham-me   canos, o sol suga-me a pele Tenha como certo, no areal frio das noites, palpito sonhando teus negros beijos Como um mostro, uma carne sem morte, certamente surdo sego. Durma é o que te peço. Que eu adormeça nas ondas do vento nos ares que fitas Ó deusa minha, não a acordes ó deuses. O deserto ainda tão longo, e o ar na matina é tão frio No orvalho vagante que esquenta o suor no duro tédio Que aos irmãos os canos os olhos o sono tão longe os fechou. Durma é o que te peço, espera. Talvez apareça suando Nos longos suspiros desta pátria causa Talvez eu volte a estes teus lábi

3 Poemas de Leonel Evaristo Chongola

1.   Temo-te como um gigante e estranho Que anuncia a cada aurora nesta escura alma uma nova era Na cadência que dilata o ar que respiro nesta bela sombra Que é um mundo um caminho. Quisera escrever-te idiomas que fossem o tempo Lugares que fossem cifras capaz de encerrar E apenas meus braços pudessem acariciar. Como brisa que sangra nos campos de batalha Em silêncio da noite vaga, símbolo de uma agulha Picante a razão perdida Como naquele dia entregue O Madeiro á morte… Azul virgem morte Pensei que fosse apenas um átomo inviável Nesta terra clausura neste mar azul céu azul Lágrimas transportes que refletem uma ideia Que aparece quando ris no ciclo perdido. Saber que existes Creu que respirando passas em vento oculto Abrasador entre os verdes ares que respiro. Escória dum soldado São lágrimas na qual vivo os melhores dias Surfando em aldeias inocentes numa causa insolente No meio de crianças que tiveram como alimento no seio