Avançar para o conteúdo principal

De Zimbábwè para Tindzila, Amável Pinto, guitarrista moçambicano

 



 O Projecto Tindzila vai receber no dia 22 de Junho, para mais um ciclo de conversa, *Amável Pinto*. Guitarrista, compositor e intérprete, natural da Manhiça, Amável Pinto é um autêntico virtuoso da guitarra. É inspirado principalmente em Fanny Mpfumo. Amável estudou música e guitarra clássica na RAS. É professor de música. Pesquisador da música de Moçambique, que interpreta de modo superior, foi já atribuído a alcunha "o Roqueiro da Marrabenta". A própria história musical moçambicana o classificou como o "Rei da Marrabenta". Amável Pinto é um dos guitarristas mais importantes do actual universo musical da nossa praça. Ao longo do seu percurso musical desenvolveu um projecto musical de fusão de ritmos musicais, como a marrabenta, a música e o rock, o que faz dele um guitarrista ímpar entre nós.



Acompanhado por Lot Paulo na viola baixo e por Paito Tcheco na bateria, ouvem-se com o maior agrado muitas das interpretações da sua Banda no "site" http://www.myspace.com/amavelpinto

Aí podemos ter o previlégio de escutar, entre outros, os seguintes números: "Minha Terra", "Rascunho, "A Voz", "Angel", "Espanholita", "48 horas depois", "Screaming Guitar"...

Foto: Amável Pinto ao Lado de Oliver Mtukudzi



Dentre vários trabalhos, lançou o CD *<<Metamorfoses>>*, onde "metamor" significa objectivo superior e "forses" , objectivo que queres. Este guitarrista moçambicano, que tem uma base muito forte na distorção, apresenta o seu reportório quase sempre com alguma improvisação, tornando cada concerto uma peça única. É moçambicano, actualmente radicado na capital zimbabweana, Harare.

Edição e redacção: João Baptista (Director de marketing do Tindzila)

Projecto Tindzila

Unidos pela Lei-tura

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Basta, Agualusa! - Ungulani Ba Ka Khosa

À  primeira perdoa-se, à  segunda tolera-se com alguma reticência , mas à  terceira, diz-se basta! E é  isso que digo ao Agualusa, escritor angolano que conheço  há mais de trinta anos. Sei, e já  tive oportunidade de o cumprimentar por lá, onde vive há anos num recanto bem idílico da Ilha de Moçambique; sei que tem escrito tranquilamente nessa nossa universalmente conhecida ilha; sei, e por lá passei (e fiquei desolado), que a trezentos metros da casa de pedra que hospeda Agualusa estendem-se os pobres e suburbanos bairros de macuti (cobertura das casas à base das folhas de palmeiras), com  crianças desnutridas, evidenciando carências  de gerações de desvalidos que nada beneficiaram com a independência de há 49 anos. Sei que essas pessoas carentes de tudo conhecem, nomeando, as poucas e influentes famílias moçambicanas que detém o lucrativo negócio das casas de pedra, mas deixam, na placitude dos dias, que os poderosos se banhem nas águas  d...

Gibson João José vence a 17ª edição do Prémio Literário José Luís Peixoto

  Gibson João José, natural da província de Inhambane, Moçambique, foi um dos vencedores do Prémio Literário José Luís Peixoto em 2024, na categoria destinada a não naturais ou não residentes no concelho de Ponte de Sor. O escritor conquistou o prémio ex aequo com a obra Em Vogais, ao lado de Paulo Carvalho Ferreira (Barcelos), distinguido pela obra Almanaque dos dias ímpares. Para Gibson, “ter vencido o Prémio Literário José Luís Peixoto | 2024 constitui uma enorme satisfação e, talvez, um bom sinal para quem conquista o seu segundo prémio e está a dar os primeiros passos nesta jornada de incertezas”. Acrescenta, ainda, que esta vitória é "também um marco na literatura moçambicana, que, nestes últimos tempos, tem-se mostrado vibrante e promissora, com autores novos que, a cada dia, elevam o seu país além-fronteiras”.O Prémio Literário José Luís Peixoto é atribuído anualmente pela Câmara Municipal de de Sor em 2006, tendo a sua primeira edição ocorrido em 2007. Segundo a organiza...

Uma vista às eleições gerais de 2024 - Ungulani Ba Ka Khosa

Para quem, como eu, tem acompanhado, ao longo de mais de quarenta anos, como professor e, acima de tudo, escritor, o percurso da Frelimo, em tanto que Frente de libertação de Moçambique e, subsequentemente, como Partido de orientação marxista,  desembocando em Partido sem estratégia ideológica, estas eleições não me  surpreenderam de todo. Ao acompanhar a leitura dos resultados feita pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições, veio-me à mente a durabilidade no poder de um outro partido do sul global, o PRI (partido revolucionário institucional), do México,  que esteve no poder entre 1929 e 2000. 71 anos no poder. Longo e asfixiante tempo! As críticas  que se faziam, nas sucessivas eleições, centravam-se na fraude eleitoral, na sucessiva repressão contra os eleitores, na sistemática violação dos princípios democráticos, na falta de lisura no trato da coisa pública. Tal e qual a nossa situação. A propósito, o grande Poeta e intelectual mexicano Octávio Paz, dizia...