*Tindzila vai conversar com uma estudante universitária de Timor-leste sobre Literatura e Cultura desse país*
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*Cultura*
A cultura de Timor-Leste caracteriza-se pela elevada riqueza, apesar de enfraquecida por um longo historial de colonização portuguesa e ocupação indonésia.
É um país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Pela Resolução do Governo nº. 30, de 29 de Outubro de 2014 Dia Nacional da Cultura, o governo timorense nos termos da alínea "d" do artigo 116º. da Constituição Timorense, declarou como Dia Nacional da Cultura, o dia 14 de outubro, em homenagem ao poeta Francisco Borja da Costa.
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*Literatura*
Os timorenses têm formas de expressão próprias: umas antigas, transmitidas oralmente de acordo com a tradição étnica, outras reveladas pela escrita. Tentar fazer uma elencagem de escritores e textos timorenses é uma tarefa que não se apresenta fácil, pois as publicações são díspares geográfica e linguisticamente. Além disso, existem possivelmente inúmeros “ textos na gaveta” e só agora, com condições mais favoráveis no território, se vai tornando possível tomar consciência da verdadeira dimensão da literatura Timorense e vê-la desabrochar.
*Escritores*
Entre os escritores leste timorenses encontramos Fernando Sylvan, poeta, dramaturgo e ensaísta que foi presidente da Sociedade de Língua Portuguesa, Francisco Borja da Costa,
morto durante a invasão indonésia em 1975 e Xanana Gusmão, o líder carismático da resistência Timorense que, em 1993, por ocasião do LX Congresso do Pen Club International, em Santiago de Compostela, foi considerado, pela comissão do clube de apoio aos escritores perseguidos, um dos casos a ser seguido.
Jorge Lauten, José Ramos-Horta, o conhecido diplomata timorense, José Barros Duarte, sacerdote timorense, oriundo de Same, que se evidenciou como escritor político, poeta e antropólogo, Ponte Pedrinha, romancista timorense oriundo de Same e finalmente
Luís Cardoso com dois livros publicados, o primeiro dos quais “Crónica de uma Travessia” traduzido em várias línguas, são outros nomes de vulto na literatura timorense.
Em termos de nomes femininos, referimos dois que integraram a diáspora australiana:Maria Alice Branco, que compôs poemas e peças de teatro para a rádio e para os palcos em três línguas (tétum, português e inglês) e Filomena de Almeida, bióloga, cujos textos são essencialmente de índole política.
Mas outros timorenses na diáspora, talvez menos conhecidos, escreveram histórias, ou traduziram-nas para português e inglês, numa tentativa de divulgar a cultura Timorense. Entre estes, encontramos Cristina Lopes, uma Timorense nascida em Hali-Talas, que narrou belíssimos poemas, usualmente repetidos entre as mulheres da sua aldeia, além de alguns contos tradicionais. Paulo Quintão da Costa, oriundo de Samoro, professor em Timor Leste, que, profundamente envolvido na cultura oral Timorense durante longos anos, foi o responsável pelo fornecimento de imenso material tanto a editores australianos, como portugueses, passando para a escrita lendas da tradição oral Timorense. António e Teresa Oliveira, Luís da Costa, Armindo da Costa Tilman,
Marçal de Andrade, e Albina da Costa, Apolinário Guterres, Francisco Fernandes,
Luís Cardoso de Noronha, e Kay Shaly Rakmabean são apenas alguns nomes entre muitos. Os seus contributos têm um valor enorme, tanto ao nível cientifico como patriótico, uma vez que é através da escrita de um povo que se poderá iniciar a descoberta do seu pensamento, da sua psicologia e da sua vontade colectiva, dos seus anseios, enfim, do «ser Timorense».
Muito do que se tem escrito não pode deixar de reflectir a situação política que o país viveu durante o último quarto do século vinte. Em muitos textos está patente
o sofrimento dos que ficaram na ilha e a angústia dos que integram a diáspora.
Enterrem meu coração no Ramelau, é uma entre as muitas obras que espelham esta situação.
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No dia 17 de Abril, Inocência Souza será a nossa convidada. Até lá!
*Projecto Tindzila*
Unidos pela Lei-Tura
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