Sara Jona assume a directoria
da Fundação Fernando Leite Couto
Sara Jona Laisse, doutorada em Literaturas e Culturas em
Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa, ensaísta e docente de
Técnicas de Expressão e de Comunicação na Universidade Católica de Moçambique, tornou-se
a nova directora executiva da Fundação Fernando Leite Couto (FFLC).
A Fundação Fernando Leite Couto é uma Fundação e Centro
Cultural inaugurada no dia 15 de Abril de 2015, com o nome do autor Fernando
Leite Couto e funciona num edifício projetado por Pancho Guedes, na Avenida
Kim-Il Sung, nr. 961, no Bairro Sommerschield. A instituição foi criada pelos
filhos do escritor, nomeadamente, Fernando Amado Couto, Emílio Leite Couto (Mia
Couto) e Armando Jorge Couto, com a ideia de promover as artes, a cultura e a
literatura moçambicana.
Esta casa não só organiza eventos, mas também planeia
oferecer bolsas artísticas e prémios, com a ideia de promover jovens escritores
moçambicanos.
A Fundação tem uma pequena biblioteca, um restaurante e
também espaços para eventos como concertos, leituras, lançamentos de livros e
exposições. Vários escritores, artistas, músicos e fotógrafos moçambicanos já
presentaram seus trabalhos neste espaço cultural.
A nova directora assume as pastas com um leque de novas
propostas e uma nova visão para a FFLC. Há 20 anos que Sara Jona mantém um
programa de incentivo ao gosto pela literatura designado “Tertúlias de Sábado”
e foi editora do programa radiofónico “Lavradores da palavra” e dos programas
televisivos “A Letra” e “Letra Viva”, actualmente é colaboradora do jornal
Setemargens.
A ensaísta possui uma larga bagagem no campo da Literatura e
nos Estudos da Cultura Moçambicana, conforme atestam as publicações dos livros
“Entre o Índico e o Atlântico: ensaios sobre literatura e outros textos (2013)
e Entre Margens: diálogo intercultural e outros textos. E, entre outros, os
ensaios nos seguintes livros: A Língua Portuguesa na Índia e em Outras Terras
(2018); Reinventar os discursos e os palcos: o rap, entre saberes locais e
olhares globais (2019); Língua Portuguesa: lusofonia(s), língua(s) e cultura(s)
(2020); e Percurso pelas áfricas: a literatura de Moçambique (2020).
O escritor Lucílio Manjate é outro novo rosto da Fundação,
ocupando o cargo de coordenador editorial. Licenciado em Linguística e
Literatura pela Universidade Eduardo Mondlane, Manjate é professor de Literatura
na Faculdade de Letras e Ciências Sociais na mesma Universidade.
Lucílio é igualmente escritor, tendo já publicado o livro de
contos Manifesto (2006), Os Silêncios do Narrador (2010, novela), A Legítima
Dor da Dona Sebastião (2013, novela), O Jovem Caçador e a Velha Dentuça (2016,
infanto-juvenil), A Triste História de Barcolino, O homem que não sabia morrer
(2017, novela), Rabhia (2017, romance), entre outros.
No campo da crítica literária, publicou, em co-autoria, o
livro Literatura Moçambicana – Da Ameaça do Esquecimento à Urgência do Resgate.
E foi distinguido com o Prémio Revelação Telecomunicações de Moçambique 2006,
pela obra Manifesto; Prémio 10 de Novembro 2008, do Município de Maputo, pela
obra Os Silêncios do Narrador; Prémio Literário Eduardo Costley-White 2016,
pela obra Rabhia.
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