Celebra-se hoje a natividade de um dos nomes sonantes da Literatura Moçambicana: Ungulani ba ka Khosa. Autor de várias obras, como *UALALAPI*, *ORGIA DOS LOUCOS*, *CHORIRO* e *OS SOBREVIVENTES DA NOITE*, só para citar alguns títulos.
Francisco Esaú Cossa, mais conhecido por Ungulani ba ka Khosa, é professor e escritor moçambicano, nascido em Inhaminga, província de Sofala, no dia 01 de Agosto de 1957.
O escritor pertence à geração de jovens conhecida como *Geração de 8 de Março*, que mercê de uma directiva do presidente Samora Machel, ingressou a partir de 1977 na Universidade Eduardo Mondlane, a fim de aí completar, de forma faseada, cursos de formação de professores nas várias áreas de ensino. Ungulani ba ka Khosa formar-se-ia então na recém-criada Faculdade de Educação em 1978, como professor de História e Geografia, tendo sido colocado na província de Niassa. De regresso à Maputo, em 1982, ingressou no Ministério da Cultura. Posteriormente exerceu o cargo de Director-adjunto do Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema em Moçambique, sendo depois Director do Instituto Nacional do Livro e Disco. Em 2003 foi homenageado pela *CPLP* (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e, em 2007 e 2018, recebeu o Prémio de Literatura José Craveirinha.
Adoptou o nome tsonga "Ungulani ba ka Khosa", dando sequência à publicação de 1982, no jornal Diário de Moçambique, na Beira, de um conto intitulado " Dirce Minha Deusa Nossa Deusa".
Em 1988, *UALALAPI* recebeu o Prémio Gazeta de Ficção Narrativa, instituído pela AEMO (Associação dos Escritores Moçambicanos), em simultâneo com *VOZES ANOITECIDAS* de Mia Couto. Consta da lista dos 100 melhores livros africanos do século XX, junto de *NÓS MATÁMOS O CÃO TINHOSO* de Luís Bernardo Honwana e *TERRA SONÂMBULA* de Mia Couto.
Ungulani ba ka Khosa foi secretário geral da *AEMO*. Criada em 1982, com o objectivo de promover o contacto entre escritores, a Associação dos Escritores Moçambicanos imprimiu uma nova dinâmica na vida literária do país, a par do activismo das páginas literárias e a criação de concursos literários, de que resultou o surgimento de uma nova geração de escritores. Desta, salienta-se imediatamente Ungulani ba ka Khosa que, em 1984, foi co-fundador da *Revista Charrua*, com Eduardo White, Hélder Muteia, Armando Artur, Juvenal Bucuane e Pedro Chissano, a que se juntaram Tomás Vimaró e Idasse Tembe, com o apoio do então Secretário-geral Rui Nogar.
Hodierno, Ungulani ba ka Khosa completa 64 anos de idade.
Redacção: *Projecto Tindzila*
Comentários
Enviar um comentário
Edite o seu comentário aqui...