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Mensagens

Zacarias Nguenha vence o 7º Prémio Literário Fernando Leite Couto com “Costurar a Linguagem”

O jovem escritor Zacarias Lucas Lázaro Nguenha, de 31 anos, natural da província de Manica, foi consagrado vencedor do 7º Prémio Literário Fernando Leite Couto , edição 2025, com a obra inédita “Costurar a Linguagem” , no género de poesia. A cerimónia de anúncio decorreu na noite desta quinta-feira, 17 de julho, na sede da Fundação Fernando Leite Couto , em Maputo. A decisão do júri, presidido pelo investigador e crítico Matteo Angius, destacou a originalidade e maturidade da escrita de Zacarias Nguenha, sublinhando que: “Costurar a Linguagem associa de forma apelativa os elementos universais que vêm ganhando uma dimensão nova da linguagem poética, explorada como matéria viva construída, criando uma poesia ao mesmo tempo física e abstracta. Trata-se de um trabalho com ritmos e significação que revela domínio técnico e elevada maturidade da escrita.” O júri foi ainda composto pelo poeta Álvaro Taruma e pela professora e poetisa Lica Sebastião , que elogiaram o autor pela qualidad...

“As Coisas do Morto”, de Francisco Guita Jr., lançado em Maputo

Terá lugar na Quinta-feira, dia 31 de Julho, pelas 17h30, na galeria do Camões — Centro Cultural Português em Maputo, o lançamento do livro “As Coisas do Morto”, do poeta Francisco Guita Jr. O livro será apresentado pelo professor Arthur Minzo e a actriz Lucrécia Paco fará leituras de excertos do livro.   A obra poética “As Coisas do Morto”, finalista do Prémio Literário Mia Couto 2025, é composto por 69 textos estruturados em fragmentos numerados e 88 páginas.   Segundo o escritor Pedro Pereira Lopes, editor da Gala-Gala, o livro “parte da dialéctica entre a vida e a morte, não como polos opostos, mas como estados intrinsecamente conectados, onde a finitude da experiência terrena projecta a urgência do sentir e do viver. Guita Jr. questiona a própria noção de tempo e permanência, utilizando a imagem recorrente da gaveta como um repositório de fragmentos de vida — memórias, objectos simbólicos, escolhas e silêncios — que coexistem e se desdobram em diferentes tempora...

JORNALISTA OMARDINE OMAR REVELA O ENIGMÁTICO “DETECTIVE MALAICA MUNIGA” EM NOVA OBRA LITERÁRIA

  O livro “As Aventuras do Detective Malaica Muniga”, o segundo da pena do jornalista Omardine Omar, será lançadoem Maputo, no Centro Cultural Português, a partir das 17h30 do dia 19 de Junho do corrente ano.   Com 108 páginas que transbordam mistério, a obra desdobra-se em 10 narrativas de crime que se afastam do convencional, mergulhando o leitor num universo onde o imprevisível é a única certeza. A saga de Malaica Muniga, desvendando enigmas por todo o território moçambicano, promete ser de tirar o fôlego. A grande questão, que o próprio autor sugere no último conto, ecoa no ar: terá Maputo um novo Sherlock Holmes a desvendar os seus segredos mais recônditos?   Segundo o Frei Lafim Monteiro, que assina o prefácio, “As Aventuras do Detective Muniga conflui numa mistura de géneros literários que registam, cuidadosamente, os dilemas de vida de inúmeros jovens jogados à própria sorte. São histórias de vida e sobrevivência, tanto no campo como na cidade, nas três ...

Por que Luís Cezerilo? - Almeida Cumbane

    Aproximam-se as eleições para os órgãos sociais da AEMO.   Sempre me mantive de longe, sem engajamento, à espera do que os resultados dirão. Desta vez decidi fazer diferente, ler os manifestos e ser parte dos resultados. Conheço Cezerilo como escritor, académico e lenda do Basquetebol. Na primeira qualidade, o que interessa aqui, sempre admirei a sua predisposição para se deslocar de Maputo à cidade de Xai-Xai em eventos literários desde lançamentos de livros até grandes eventos como o Festival Internacional de Poesia, organizados pela Associação Xitende. Emprestou sempre o seu saber nos debates, a sua experiência na condução dos eventos e a sua voz para dizer poesia. Não será pelas razões acima elencadas que votarei em Cezerilo. Se assim o fizesse, estaria apenas na dimensão da simpatia. Foi-me apresentado o pré-manifesto, as linhas mestras, e é isso que me chamou atenção. Vejo neste manifesto o desejo de desfazer a ideia de escritores que estejam sempre “nas...

Manifesto de Apoio à Candidatura de Luís Cezerilo - Por Pré destinada

Hoje, ergo a minha palavra não como eco, mas como tambor.  Não venho por simpatia, nem por conveniência. Venho por urgência.  E venho inteiro. Alinho-me, sem hesitação, à candidatura de Luís Cezerilo ao cargo de Secretário-Geral da AEMO porque sei — como a certeza dos rios que conhecem o caminho do mar — que é chegada a hora de estrear nova página. E Cezerilo é o verbo certo para este novo capítulo. Durante demasiado tempo, temos vivido as mesmas práticas, das mesmas promessas recicladas que adoçam discursos que combatem a esperança.  Vimos a AEMO — templo da palavra e da consciência — tornar-se sala de espera, onde quem ousa sonhar é mandado aguardar, e quem ousa discordar é silenciado com sorrisos diplomáticos. Esta candidatura não é um favor concedido à juventude — é uma resposta a um grito coletivo que vem sendo abafado. Cezerilo representa aqueles que escrevem com a caneta na mão e o país no peito.  Representa os que se recusam a pedir licença para existir. Repr...

Morre Ngũgĩ wa Thiong'o, ícone da literatura africana e da luta pela descolonização cultural

  Faleceu aos 87 anos Ngũgĩ wa Thiong’o, um dos maiores nomes da literatura africana contemporânea e uma das vozes mais respeitadas na crítica ao colonialismo e à dominação cultural no continente. A notícia de sua morte ecoa não apenas como a despedida de um autor notável, mas como a perda de um símbolo intelectual de resistência e esperança para a África e o mundo. Nascido em 5 de Janeiro de 1938 no Quênia, em Kamiriithu, Ngũgĩ wa Thiong’o foi um romancista, ensaísta, dramaturgo e professor universitário que dedicou sua vida à defesa da identidade africana por meio da literatura e da linguagem. Ao longo de sua carreira, foi perseguido, preso e exilado por sua postura crítica em relação ao neocolonialismo e às injustiças sociais em seu país. Inicialmente escreveu em inglês, mas, a partir da década de 1980, passou a escrever exclusivamente em gikuyu, sua língua materna, como uma forma concreta de desafiar a hegemonia cultural imposta pelo colonialismo europeu. Sua obra mais in...

Brazão Mazula lança seu mais recente livro esta quarta-feira, 28 de Maio

  O filósofo moçambicano Brazão Mazula vai lançar esta quarta-feira, 28 de Maio, às 16h00, no Complexo Pedagógico 1501da Universidade Eduardo Mondlane, cidade de Maputo, o livro “ X n : Pensar e agir ético ”. A ser apresentadopelo académico José Blaunde, “ X n : Pensar e agir ético ” é um conjunto de 8 artigos que abordam a importância da ética nas áreas da ciência e política, educação, saúde e cultura, negócios, direito, leis e normas, ecologia e técnica, sociedade e género e na vida humana. No título “ X n : Pensar e Agir Ético ”, segundo Brazão Mazula, o ‘X’, que é a base da potência, “é o sujeito a quem se exige o pensar e o agir ético, sempre”, enquanto o “expoente ‘ n ’ refere-se ao grau de responsabilidade do agir, muito considerado pela justiça quando analisa elementos atenuantes ou agravantes”. Para além dos artigos de Brazão Mazula, na obra “ X n : Pensar e agir ético ”, chancelada pela Editorial Fundza, estão coligidos artigos de Celestino Mussomar, Dércio Tsandz...