O jovem escritor Zacarias Lucas Lázaro Nguenha, de 31 anos, natural da província de Manica, foi consagrado vencedor do 7º Prémio Literário Fernando Leite Couto, edição 2025, com a obra inédita “Costurar a Linguagem”, no género de poesia. A cerimónia de anúncio decorreu na noite desta quinta-feira, 17 de julho, na sede da Fundação Fernando Leite Couto, em Maputo.
A decisão do júri, presidido pelo investigador e crítico Matteo Angius, destacou a originalidade e maturidade da escrita de Zacarias Nguenha, sublinhando que:
“Costurar a Linguagem associa de forma apelativa os elementos universais que vêm ganhando uma dimensão nova da linguagem poética, explorada como matéria viva construída, criando uma poesia ao mesmo tempo física e abstracta. Trata-se de um trabalho com ritmos e significação que revela domínio técnico e elevada maturidade da escrita.”
O júri foi ainda composto pelo poeta Álvaro Taruma e pela professora e poetisa Lica Sebastião, que elogiaram o autor pela qualidade da obra apresentada, mas também deixaram um alerta: “não adormeça à sombra da glória.”
Como prémio, Zacarias Nguenha receberá 150.000 Meticais, verá a sua obra editada e publicada pela Fundação Fernando Leite Couto, e realizará uma residência literária de 30 dias em Portugal, onde terá a oportunidade de apresentar o livro no conceituado festival literário FOLIO, entre outras actividades culturais. Esta edição contou com o apoio do Moza Banco, Câmara Municipal de Óbidos, Câmara de Comércio Portugal-Moçambique e Camões – Centro Cultural Português em Maputo.
Zacarias nasceu em 20 de fevereiro de 1994, em Munhinga, distrito de Sussundenga, Manica. É professor de Língua Portuguesa, formado pela Universidade Católica de Moçambique, e actualmente frequenta o curso de Direito na Universidade de Púnguè. Estreou-se na literatura em 2024 com o livro “Confissões da Madrugada”, consolidando-se agora como uma das vozes poéticas emergentes mais promissoras de Moçambique.
Prêmio merecido.👏👏👏
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