Hoje, ergo a minha palavra não como eco, mas como tambor.
Não venho por simpatia, nem por conveniência. Venho por urgência.
E venho inteiro. Alinho-me, sem hesitação, à candidatura de Luís Cezerilo ao cargo de Secretário-Geral da AEMO porque sei — como a certeza dos rios que conhecem o caminho do mar — que é chegada a hora de estrear nova página. E Cezerilo é o verbo certo para este novo capítulo.
Durante demasiado tempo, temos vivido as mesmas práticas, das mesmas promessas recicladas que adoçam discursos que combatem a esperança.
Vimos a AEMO — templo da palavra e da consciência — tornar-se sala de espera, onde quem ousa sonhar é mandado aguardar, e quem ousa discordar é silenciado com sorrisos diplomáticos.
Esta candidatura não é um favor concedido à juventude — é uma resposta a um grito coletivo que vem sendo abafado. Cezerilo representa aqueles que escrevem com a caneta na mão e o país no peito.
Representa os que se recusam a pedir licença para existir. Representa os que sabem que a literatura também é trincheira, também é território de disputa, também é campo de visão estratégica e construção social.
Apoiar Luís é, para mim, um acto de resistência. É declarar que não aceitamos mais uma AEMO capturada por silêncios cúmplices. É reafirmar que a palavra deve servir à verdade, e não ao conforto de quem sempre esteve no comando.
Cezerilo tem mostrado, com sua postura firme e ideias claras, que não veio para ser figurante num teatro de velhos arranjos. Ele veio para abrir as janelas, sacudir a poeira, e devolver à AEMO o pulso quente da criação literária. Ele veio para construir pontes — não para reforçar muros.
E se há quem tema essa mudança, que se retire com dignidade. Porque a história não pede licença para acontecer.
Assumo, portanto, esta posição com o nome que carrego — Pré destinada — como quem crava um totem no chão e diz: basta de enredos previsíveis. É hora de fazer da AEMO o que ela sempre deveria ter mantido: casa viva, plural, descolonizada de vaidades e aberta às vozes que o país ainda não escutou.
Com Cezerilo, não caminhamos atrás de ninguém. Caminhamos ao lado. Porque não basta representar. É preciso estar presente. Com corpo, com pensamento, com coragem.
Por isso, que fique claro: meu apoio é total, meu grito é inteiro, e minha palavra é inegociável.
Pré destinada, Escritora-Poetisa-Declamadora
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