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Beira acolhe a 5ª edição da Feira do Livro com debates, exposições e grandes nomes da literatura

 

A cidade da Beira será palco, de 3 a 5 de Setembro, da 5ª edição da Feira do Livro da Beira (FLIB 2025), organizada pela Associação Kulemba. Sob o lema “Ecos do meio século e as narrativas contemporâneas”, o evento integra as celebrações dos 50 anos da Independência Nacional e promete mobilizar leitores, escritores e artistas em múltiplos espaços culturais e académicos da urbe.

Exposições e artes visuais



A abertura oficial acontece no dia 3 de Setembro, às 18h00, na Casa do Artista, com a inauguração da exposição de pintura “Tradição e modernidade: celebrando meio século (1975-2025)”, assinada pelo consagrado artista plástico Silva Dunduro.

Literatura, memória e debates



No dia seguinte, 4 de Setembro, a Universidade Licungo abre as portas à exposição arquivística “Olhar Moçambique”, conduzida por Otília Aquino, António Sarmento e Titos Pelembe, seguida do lançamento do livro “Liderança feminina no Estado Mataaka”, de Manuel Vene. Paralelamente, a UNIAC acolherá uma conversa com Suzana Espada.

À tarde, destacam-se dois momentos: a Universidade Adventista receberá uma conversa com Mia Couto, enquanto a Livraria Fundza organiza uma mesa-redonda sobre artes visuais, seguida de um debate sobre literatura e preservação ambiental. O dia encerra com reflexões sobre a transformação urbana ao longo dos últimos 50 anos, na Casa do Artista, com intervenções de Filimone Meigos, Nunes Camões e Manuel Vene.

Vozes da literatura moçambicana



O dia 5 de Setembro será marcado por encontros entre escritores e futuros professores, com Nataniel Ngomane e Mia Couto a interagirem com formandos dos institutos de formação da Manga e de Inhamízua.

Às 15h30, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Zambeze acolherá a aguardada cerimónia de anúncio dos vencedores da 3ª edição do Prémio Literário Mia Couto.

Encerramento com filosofia

O encerramento oficial terá lugar às 18h00, na Casa do Artista, com a palestra “A influência da cultura local nas narrativas contemporâneas”, proferida pelo filósofo Severino Ngoenha, encerrando três dias de intensa celebração literária e cultura.

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