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Mensagens

A mostrar mensagens de abril, 2020

A dor de uma decepção de Minória Pereira

Ao abrir porta da sala, ouvi passos leves e firmes em minha direcção, num repente, a imagem impressa da Clara, surgiu-se-me discreta nos olhos. Um vulto de vento repentino conduziu-nos ao interior da casa. A espontaneidade levou a contorcer a coluna  à  abaixo para receber a Clara. Aos poucos, vi envolvido o meu pescoço em seus braços macios. “Sentir os pequenos braços de Clara no pescoço, é tudo que preciso depois de um dia longo de trabalho”. Cogitei. Clara sempre foi o meu consolo, a minha luz no escuro, meu amparo, único e verdadeiro motivo que me mant ém  viva. “Ela só tem sete anos e, a única que me entende. Talvez seja por ter saído do meu ventre e não me julga como muitos o fazem.” Imaginei.   Para Clara eu não precisava explicar-me. Fingir. Para Clara eu podia falar tudo e ainda chorar em seu ombro. Embora eu me expressasse sempre quando a acompanhava no seu sono, eu sabia que no fundo, mas bem no fundo ela me escutava. Para Clara não precisava mostrar e nem prov

Produtor Jó Siqueira faz selecção de actrizes

O produtor de elenco Jó Siqueira, do filme Sortilégio e Invasão da Alma, abre selecção para actrizes, com ou sem experiência. Para um filme sobre sua vida, "Eu suporte o Insuportável". Jó Siqueira já trabalhou em várias emissoras brasileiras. Também trabalhou ao lado do grande director Carlos Manga, da Tv Globo. Actualmente trabalha na Produtora de Filmes Latinidade, de Aline Melo e Faísca. Mais informações sobre selecção pelo whatsapp do produtor: (21) 98514-7193

Produtora de Filmes Latinidade e agenda de trabalhos feitos no isolamento:

Todos sábados temos reuniões online com todos atores do filme Sortilégio. Com Aline Melo, Jó Siqueira e Alba Santos. Programa Latinidade Brasil, na rádio Online Lidder FM, às 12h, trazendo músicas latinas, angolanas e brasileiras,   entrevistas, projeto cultura online (poesias), etc. Minissérie Latinidade, todos os sábados 11h, 14h e 20h, Tv Patrick Ferreira show. http://srv1.zcast.com.br/webtvpatrick/webtvpatrick/playlist.m3u8 Doações de alimentos para Projeto Salvando Vidas na África   sede em Moçambique. Saiba como ajudar. Ensaios de cantores e artistas em casa para Festival Iberoamericano, em julho. Premiação em novembro, na Argentina, Premio Nevado de Oro. Após Pandemia gravações dos Filmes: Sortilégio, Brasil, Angola, Moçambique e Colômbia "Vivendo por um sonho EFFAS", na Espanha e Brasil.

Amor, hoje vou te coronar de Álvaro dos Reis

Imagem Já se passaram quatro dias que o Mateus não sai de casa. A quarentena estava a ser comprida a sério pela sua família. A empresa cedeu um computador para que ele pudesse trabalhar remotamente. Em dois dias, conseguiu fazer trabalho que levaria uma semana se estivesse a trabalhar na empresa. Tudo estava feito e, as restantes horas passava folheando em clicks às páginas do facebook. “Que tédio. Que solidão”. Dizia com os seus pensamentos que se esvoaçavam nas desinformações das redes sociais. O seu filho tentara caçar alguns carinhos nos primeiros dias em que este trouxe o trabalho para casa, mas uma rede elétrica foi montada no lado oposto a mesa. “Imaginem que deste lado tem fios elétricos que fazem vedação da minha mesa. Imaginem que não estou em casa. Devem tratar-me como se estivesse no trabalho”. Dissera nas primeiras horas do dia de trabalho remoto. Num segundo dia, brigara com a sua esposa, pois ela não tinha feito o almoço e, quando este s queixou de fome,

3 Poemas de Rosário Dombe

Sou Machope Da terra de timbila cultura vendida aos Europeus identidade perdida nas veias de Inhambane Sangue conectado nas estranhas de Gaza habitante do Mundo esquecido Zavala paisagem linda trocada pelos sonhos dos Brancos Vivemos alimentados pelo ódio, inveja, feitiçaria, terra   que além de produzir   Riquezas produz Ricos. O sorriso apaga-se todos dias no meu rosto Juntei me aos Machanganas da cidade para esconder a minha Naturalidade mesmo assim, o meu rosto liberta o machope que há em mim.          Rosário Dombe Àfrica Minha terra organizada e bela Terra da sorte e riqueza Terra de Petroleo e Gás Terra de chigovia,timbila e tudo Hoje,pagamos dividas sem saber Mas,os donos das dividas são aqueles que tem Ôh,Àfrica Ser Negro libertou me a pobreza Morro eu com os filhos que nasci Salário de pobreza,eu já não aguento Sou produtor de Guerras e colhedor da da Tristeza Passam Mêses,fica Dor Meu olhar,li

A Moça com dois maridos e a visão do Mazione

imagem Já faz tempo que o Alfredo vem desconfiando das saídas repentinas da sua amada. A tamanha estranheza residena quantidade de sexo que ele recebe em casa. A joana dá-lhe a fruta como se estivesse a medir em copitos. Mas desta vez, a Joana exagerou. Passam sete dias que ela não pisa em casa. O Alfredo ama demais a sua amada, e para tudo, antes que ela justifique, ele já oferece o seu perdão a priori . Fazia de tudo para evitar qualquer briga. Sabia que a sua amada, quando se zanga, a sua maçã fica verde toda noite. Aliás, para ele a maçã da Joana tem amadurecido no final do mês. A Joana desde que saiu na semana passada, carregou todos os desejos do Alfredo em seu corpo. Informou ao seu amado que passaria alguns dias em casa da sua mãe. Pois, faz muito tempo que não se avistavam. Afinal de contas, mãe é mãe. O António não podia ter pensamentos contrários a informação da sua amada esposa. E, lá se vai a Joana simplesmente com a roupa de corpo. Para evitar quaisquer

Por Leonel Versos Vidas…

Espera por mim Durma é o que te peço. Estou nesta causa deserta na qual verdades adormecem Suspirando, vivendo que mimos, a Deus que pertencem Minha alma devaneia assombrada na saudade de teus versos, hábitos meus No clarão da lua, no fresco da viração do dia vago transparente. Céus. Durma é o que te peço.   O deserto ainda é longo, a saudade é brava O mar molham-me   canos, o sol suga-me a pele Tenha como certo, no areal frio das noites, palpito sonhando teus negros beijos Como um mostro, uma carne sem morte, certamente surdo sego. Durma é o que te peço. Que eu adormeça nas ondas do vento nos ares que fitas Ó deusa minha, não a acordes ó deuses. O deserto ainda tão longo, e o ar na matina é tão frio No orvalho vagante que esquenta o suor no duro tédio Que aos irmãos os canos os olhos o sono tão longe os fechou. Durma é o que te peço, espera. Talvez apareça suando Nos longos suspiros desta pátria causa Talvez eu volte a estes teus lábi