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Mensagens

Ozias Cambanje apresenta o seu livro de estreiaem Tete

  No dia 3 de Outubro, pelas 16h30, o Hotel Kassuende, na cidade de Tete, vai acolher o lançamento do livro “A Paz no Pombo Preto”, da autoria de Ozias Cambanje, em sua estreia literária. A apresentação do livro estará a cargo do escritor Virgílio Ferrão. Neste livro, o pombo negro não apenas sobrevive às correntes da rejeição, ele voa alto, orgulhoso da sua cor, convidando todos os pombos do mundo a partilharem o céu da justiça, da igualdade e da esperança; ele rompe as amarras mentais que o aprisionam e afirma-se como símbolo genuíno da paz. Trata-se, portanto, de um exercício poético que propõe uma reflexão profunda sobre pertença, representatividade e justiça histórica. Sobre o livro, o académico Sóstenes Rego destaca, em sua nota de prefácio, que “é uma leitura aprazível, especialmente para amantes da poesia e do prazer de ler. Recomendo-o vivamente. O autor finca os pés na terra que o viu nascer e, a partir dela, voa, rasante e em grandes alturas, embalado pelos espírit...

ALERTO BIA LANÇA A NOVELA “OS TÚMULOS DE AMIRAH”

  Será lançado, no dia 02 de Outubro, pelas 17h30, no Nedbank Business Lounge, em Maputo, o livro “Os Túmulos de Amirah”, da autoria do poeta e contista Alerto Bia. A obra será apresentada pelo professor e editor Cremildo Bahule.   No seu quinto livro, Alerto Bia, que anteriormente apresentou ao público um livro de contos (“O Ardina de Sapatos Gastos”), apresenta-nos uma novela de linguagem límpida e narrativa brusca, narrada no presente e no passado, com recurso a “flasbacks”.   “Os Túmulos de Amirah” é uma novela de 88 páginas que mescla a realidade vívida com toques de mistério e o sobrenatural. O livro reflecte sobre os complexos laços entre o amor, o ciúme, a fé e as raízes culturais moçambicanas.Em “Os Túmulos de Amirah”, Alerto Bia introduz o leitor ao mundo de Amirah. Mas a Amirah não é uma mulher comum, o seu amor é uma maldição: todos os homens que se apaixonam por ela acabam por morrer.   Na ocasião de lançamento, haverá leituras do livro e um...

A CORTINA DA MENTIRA CAIU!

Tem uma casa de alvenaria trajada a rigor, no bairro, mas o dia que foi descoberta a sua nudez, os olhos, não ficaram só enojados, foram também invadidos por um pesado e belo par de chifres, como quem desperta do sonho para a distopia de uma virgem rebocada, rodada e tratada com toda a pujança viril dos machos do bairro. Foi o descuido das persianas na luta de libertação nacional, que capturou o homem e a terra... Dentro desta casa, há destroços, ruínas, multidão atolada na lama da cegueira; encarcerada nas celas tateadas na muralha dos campos de concentração, campos de reagrupamento e aldeias comunais, onde respetivamente, as chacinas ferviam o sangue, a tortura alinhava a demência dos loucos e o engano, patrulhava os aldeões dia e noite. É impávido e brutal o golpe nas costas, deferido descaradamente, pelos ociosos empregados, que salvam a pátria para as suas insaciáveis barrigas, desde os anos 70. Tem uma casa de alvenaria nos algures da pérola. As peças encenadas nas suas estranhas...

“Este conto não tem um titulo”…então, o que ele realmente tem? - Paula Cristina

Miller A. Matine, escritor moçambicano, entrega-nos, em “Este conto não tem um título”, uma espécie de romance de 62 páginas que é, antes de mais, um gesto de recusa: recusa o título, recusa a ordem, recusa a catarse. O que nos chega é uma narrativa que respira o desconforto da existência e expõe, sem pudor, a lama onde o ser humano se arrasta. foto de Paula Cristina  A literatura moçambicana contemporânea tem-se caracterizado por um esforço de revisitação das condições sociais, políticas e existenciais que moldam a vida quotidiana do País. Dentro desse panorama, Miller Matine surge com uma proposta ousada e perturbadora em “Este conto não tem um título”. O próprio título, ou melhor, a recusa em nomear, já constitui um gesto estético e simbólico de grande peso: como dar nome a uma experiência de vida marcada pela fome, pela degradação moral, pela violência íntima e pela ausência do futuro? O silêncio do título é, afinal, o espelho do vazio existencial que percorre por toda a narrat...

José Muagona lança " a jornada do saber: Um mundo de pequenas histórias e grandes lições de vida"

  A jornada do saber: Um mundo de pequenas histórias e grandes lições de vida  é o título do livro de estreia de José Muagona, sob chancelada Mapeta Editora, a ser lançado na cidade de Maputo, no dia 18 de Setembro, no Centro Cultural Português, pelas17h30'. A apresentação estará a cargo do escritor João Baptista Caetano Gomes. Neste livro, José Muagona apresenta reflexões que sintetizam ensinamentos universais colhidos em múltiplas fontes da cultura contemporânea: livros, filmes e séries de televisão. Num estilo claro e envolvente, o autor transforma essas referências em lições de vida, moral e ética, oferecendo ao leitor uma obra de formação e inspiração. José Muagona  nasceu em 12 de Setembro de 1986, na Cidade de Maputo. Cresceu em um lar humilde, onde aprendeu desde cedo que a determinação e o conhecimento são os verdadeiros motores da vida. Gestão de Empresas é o curso que decidiu estudar na Universidade Pedagógica. É leitor assíduo de Tragédias Gregas e Literat...

BARREIRAS CULTURAIS – O REFÚGIO DO AUTO ENGANO

Há um castelo fundamentado na pedra angular [Jesus Cristo]. Tal pedra que viu a cruz do calvário acalentado, abraçado e suportado por seus pulmões fatídicos, para cingir de uma boa durabilidade à construção. Os pregos de ferro cruzando o mar vermelho dos braços, os parafusos de aço bem fixados nas paredes dos pés e a coroa de ouro no aranha-céu, ornada com pedras preciosas de espinhos, ilustravam uma decifrada álgebra para o lançamento da primeira pedra. Há um castelo erguido a pedras rubras; o produto foi o resultado de uma colisão irreversível de dois inesquecíveis reagentes: a pilhagem [+] a hospitalidade. Graças ao trabalho impecável dos santos pedreiros de vendas pretas [cativos da cegueira], que quebram os pinos das suas colunas vertebrais nas Catacumbas da adoração, a serviço de um vidente [arquitecto embaralhado por papéis dourados nas algibeiras]. E a tola fortaleza, deu-se o prazer de penetrar com os seus pegajosos dedos nas estranhas da nossa terra, despida para este adágio!...

“Quando desabam os céus” de Fernando Absalão Chaúque no Centro Cultural Português em Maputo

  A Massinhane Edições tem a honra de convidar o público para o lançamento do livro Quando desabam os céus , de Fernando Absalão Chaúque , a ter lugar no dia 30 de Setembro de 2025, às 17h30 , no Centro Cultural Português em Maputo . O evento contará com a apresentação do escritor Eduardo Quive e os comentários do autor e ensaísta Daúde Amade . Quando desabam os céus é uma narrativa que se move entre o prosaico e o poético, revelando a força e a vulnerabilidade humanas diante da água, aqui apresentada como personagem activa. Na obra, homens, mulheres e crianças tornam-se aves encurraladas em telhados, árvores e pequenas ilhas prestes a desaparecer. Entre perdas irreparáveis e a esperança religiosa, os protagonistas procuram reinventar os seus destinos em meio à devastação. Segundo Daúde Amade , o livro é uma “narrativa hidropoética” , onde a água surge como o motor criativo e também destrutivo, dando vida e impondo morte. Para o crítico, Chaúque capta com sensibilidade a “f...