A operação matemática que atordoa os senhores é de muita facilidade de decifrar, uma verdadeira brincadeira de criança! A sua frágil estrutura, camuflada de longanimidade, tem apenas três elementos essenciais, e não fica intacta a sua estrutura, depois do definhar da tempestade que arrasta todos os números, deixando-os em desalinho.
Para facilitar o cálculo desta patente operação matemática, é preciso isolar os fatores em três divisões, como se estivesse a separar as joias da coroa. A primeira divisão compreende a fase juvenil, repiso: só a fase juvenil; onde os números ainda têm um olhar meigo, inocente e inofensivo, como uma rosa sem espinhos. Está é uma fase virgem do corpo; na verdade, é nesta fase que se tem o útero novinho em folha, pronto para desabrochar! Não é segredo para ninguém que aqui há uma enorme e boa colmeia de mel, onde as abelhas trabalham em harmonia!
A segunda divisão é perturbadora; compreende a adolescência e a maturidade dos números. É uma fase turbulenta, nauseabunda e mais complexa em todas as divisões, como um vulcão em erupção! Nesta fase da operação, os números possuem as regalias de recorrer aos métodos da bioética – aborto das incógnitas com raízes naturais, a fim de simplificar a complexidade oriunda dos fetos azarados. Aqui, os números são menos números, carregam nas costas variáveis apelidados perucas, unhas artificiais, próteses, etc. Em suma, aqui reside um breve orgulho, pois os números detêm o direito de escolher quem merece ser admitido para definhar junto quando o tempo ressuscita as rugas na pele!
A terceira e última divisão, é vulgarmente conhecida por “mão na consciência". Nesta fase, o mar dos números é calmo, sereno e terapêutico; as menopausas chegam com luzes e esperanças ofuscadas, como um pôr do sol majestoso! Um número minúsculo de todo deambular, os membros do tempo em desuso, as palpáveis memórias convertidas em vincos na pele, revelam-se absolutamente no pó de giz sobre o pedestal do quadro preto. Assim finda a complexa operação matemática feminina!
Autor: Xituculuana
Revisão: Sérgio Raimundo
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