Avançar para o conteúdo principal

Jornalista Luís Nhachote apresenta o livro “Do Alto da Colina”

 


A Gala-Gala Edições tem o gosto de anunciar o lançamento do livro “Do Alto da Colina, Todas as Crónicas 2003–2005”, do Jornalista Luís Nhachote. A obra congrega uma centena de crónicas literárias, originalmente veiculadas na sua aclamada coluna homónima no semanário SAVANA, entre o primeiro semestre de 2003 e Junho de 2005.

Com 304 páginas, “Do Alto da Colina” emerge duas décadas após o silêncio da sua coluna, revelando um jornalista profundamente imerso nas inquietações do seu tempo, atento à sua gente e aos intrincados problemas que a afligiam. Através da sua escrita subtil e irónica, Nhachote debruça-se sobre temas cruciais como o emblemático julgamento do Caso BCM, o aceso debate em torno da alegada “morte da literatura”, as sombrias engrenagens do tráfico de drogas e a complexa influência da religião no tecido social moçambicano.



Luís Nhachote, que nunca se considerou “escritor” no sentido estrito do termo, esclarece que a motivação para reunir estas crónicas ecoa o propósito que norteou a publicação do seu primeiro livro (“Phambeni: Cartas ao Presidente Chissano”, 2023): a preservação da “memória histórica” das aspirações e dos exercícios literários de um autor em formação.

Segundo o editor da Gala-Gala Edições, Pedro Pereira Lopes, “Do Alto da Colina” “é um testemunho exemplar da capacidade da crónica transcender o efémero do quotidiano e inscrever-se na memória colectiva. Através do olhar atento e da prosa elegante de Luís Nhachote, somos transportados para um período crucial da nossa história recente, revisitando debates e dilemas que continuam a ressoar na contemporaneidade”.

A apresentação da obra “Do Alto da Colina” terá lugar na Associação dos Escritores Moçambicanos, em Maputo, no dia 17 de Abril, às 17h30. O evento contará com os comentários do renomado escritor Marcelo Panguana e do jornalista Milton Machel.

“Do Alto da Colina” integra a Colecção Hinyambaan, da Gala-Gala Edições.

 

 

Sobre o Autor



Luís Nhachote nasceu em Maputo, em 1974. É um jornalista de investigação premiado. Trabalhou nos semanários Savana (onde iniciou a sua carreira, em 2000), Canal de Moçambique (do qual foi um dos membros fundadores, em 2006), no Zambeze e @Verdade. Foi editor dos portais digitais Confidencial, 1mãomz e Moz24h. Foi, ainda, consultor da ChathamHouse (Reino Unido), da Transparência Internacional, do Centro de Integridade Pública (CIP), do SpeedProgram (Moçambique) e do Global IniciativeAgainstOrganized Crime. Colabora com alguns meios de comunicação internacionais como o Mail & Guardian, The Wall Street Journal, Forbes Africa Magazine e Al Jazeera. Foi chefe correspondente, para Moçambique, do The Continent&Mail&Guardian. Foi Director executivo do Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais (CEMO). Actualmente é coordenador-executivo do Centro de Jornalismo Investigativo (www.cjimoz.org) e Editor-in-Chief do portal digital Mozambique Insights. Publicou “Phambeni — Cartas ao Presidente Chissano” (2023).

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Basta, Agualusa! - Ungulani Ba Ka Khosa

À  primeira perdoa-se, à  segunda tolera-se com alguma reticência , mas à  terceira, diz-se basta! E é  isso que digo ao Agualusa, escritor angolano que conheço  há mais de trinta anos. Sei, e já  tive oportunidade de o cumprimentar por lá, onde vive há anos num recanto bem idílico da Ilha de Moçambique; sei que tem escrito tranquilamente nessa nossa universalmente conhecida ilha; sei, e por lá passei (e fiquei desolado), que a trezentos metros da casa de pedra que hospeda Agualusa estendem-se os pobres e suburbanos bairros de macuti (cobertura das casas à base das folhas de palmeiras), com  crianças desnutridas, evidenciando carências  de gerações de desvalidos que nada beneficiaram com a independência de há 49 anos. Sei que essas pessoas carentes de tudo conhecem, nomeando, as poucas e influentes famílias moçambicanas que detém o lucrativo negócio das casas de pedra, mas deixam, na placitude dos dias, que os poderosos se banhem nas águas  d...

Gibson João José vence a 17ª edição do Prémio Literário José Luís Peixoto

  Gibson João José, natural da província de Inhambane, Moçambique, foi um dos vencedores do Prémio Literário José Luís Peixoto em 2024, na categoria destinada a não naturais ou não residentes no concelho de Ponte de Sor. O escritor conquistou o prémio ex aequo com a obra Em Vogais, ao lado de Paulo Carvalho Ferreira (Barcelos), distinguido pela obra Almanaque dos dias ímpares. Para Gibson, “ter vencido o Prémio Literário José Luís Peixoto | 2024 constitui uma enorme satisfação e, talvez, um bom sinal para quem conquista o seu segundo prémio e está a dar os primeiros passos nesta jornada de incertezas”. Acrescenta, ainda, que esta vitória é "também um marco na literatura moçambicana, que, nestes últimos tempos, tem-se mostrado vibrante e promissora, com autores novos que, a cada dia, elevam o seu país além-fronteiras”.O Prémio Literário José Luís Peixoto é atribuído anualmente pela Câmara Municipal de de Sor em 2006, tendo a sua primeira edição ocorrido em 2007. Segundo a organiza...

Pedro Pereira Lopes vence o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024

O escritor moçambicano Pedro Pereira Lopes foi distinguido com o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024 pela sua obra “Tratado das Coisas Sensíveis” . Este prestigiado prémio literário, instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), tem como objetivo promover a literatura de língua portuguesa, reconhecendo obras de autores que se destacam pela excelência e originalidade. Além da consagração de Pedro Pereira Lopes, a obra “A Vocação Nómada das Cidades” , de autoria de André Craveiro, recebeu uma Menção Honrosa . Sobre o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura O Prémio, em homenagem a Vasco Graça Moura, figura incontornável da literatura portuguesa, destina-se a premiar obras inéditas no âmbito da poesia, ensaio ou ficção. Além de prestigiar autores de língua portuguesa, o concurso visa estimular a criação literária e assegurar a publicação e promoção das obras premiadas. As candidaturas são abertas a autores de qualquer nacionalidade, desde que os trabalhos sejam a...