Avançar para o conteúdo principal

O PAPEL DA IMPRENSA NA DIVULGAÇÃO DA LITERATURA EM MOÇAMBIQUE, ORADOR: José Dos Remédios

 AGENDA

O PAPEL DA IMPRENSA NA DIVULGAÇÃO DA LITERATURA EM MOÇAMBIQUE

ORADOR: José Dos Remédios

Moderação: FAURA AMISSE

24 de Outubro de 2020

 

Biografia do Orador



José dos Remédios nasceu a 1 de Agosto de 1987, no Chamanculo, cidade de Maputo. Licenciou-se em Literatura Moçambicana pela Universidade Eduardo Mondlane, é professor, jornalistae ensaístacom vários anos de experiência nas actividades que desenvolve. As suas áreas de interesse são a literatura, as artes e o ensino de letras e ciências sociais.

Iniciou a sua carreira de docente em 2008, tendo dado aulas dois anos no distrito de Macanga, na província de Tete. Mais tarde, regressa a Maputo e leciona três anos na Escola Primária e Secundária Hermann Gmeiner e dois módulos, Técnicas de Expressão e Metodologia de Investigação Científica, no Instituto Superior de Ciências e Gestão.

Desde 2013 que se dedica aos ensaios. Possui várias publicações na imprensa moçambicana e no Brasil. Nos últimos anos, tem colaborado como consultor da Feira do Livro de Maputo, organizada pelo Conselho Municipal de Maputo, de quem recebeu o Certificado de Mérito em reconhecimento ao seu brilhante desempenho, participação e contribuição na organização do evento. Foimembro do júri do Concurso Literário da TDM e do Concurso Literário 10 de Novembro. Publicou o artigo “Noémia: a poesia do mundo”, na edição brasileira (Kapulana) de Sangue negro, único livro da poetisa Noémia de Sousa. Ainda no campo literário, colaborou com a ambientalista ONG Livaningo e com o Festival AZGO como responsável pelas oficinas literárias e de pintura dedicadas a crianças do ensino primário. Em 2010, co-fundou a editora Kuvaninga Cartão d’Arte. É colaborador da editora literária Kapulana, do Brasil. Digitou a obra Nós matamos o Cão-Tinhoso, de Luís Bernardo Honwana, lançada pela Alcance Editores no âmbito da celebração dos 50 anos da primeira edição do livro. Tem moderado, orientado palestras literárias e apresentado livros de autores moçambicanos. Organizou e editou o livro de análise literária O cruzamento de linhas paralelas, que conta com um texto de Ungulani Ba Ka Khosa, pela Kuvaninga Cartão d’Arte.

Em 2014, inicia a carreira de jornalista, com experiência na cobertura/ participação em eventos internacionais, como: IBC, maior feira de tecnologias, em Amsterdão – Holanda; Goteborg Film Festival, em Gutemburgo – Suécia; e primeiro Essence Festival realizado em África, na cidade de Durban – África do Sul. Em 2016, participou na capacitação sobre jornalismo on line, na 20ª edição do Highway Africa, maior encontro de jornalistas africanos, na cidade de Grahamstown – África do Sul. Escreveu vários guiões de vídeos em homenagem a personalidades como Marcelino dos Santos, Ungulani Ba Ka Khosa Dom Dinis Sengulane, Mia Couto e Paulina Chiziane. Foi guionista, técnico de som e fotógrafo do documentário Maputo, a doropa. Em 2016, produziu matérias jornalísticas sobre a situação social e financeira dos emigrantes moçambicanos em Joanesburgo – África do Sul.Foi um dos jornalistas africanos seleccionados pela South Africa Airways para participar e cobrir um dos maiores festivais de turismo do continente africano, INDABA 2017, na África do Sul (2017).

Tem trabalhos fotográficos realizados na África do Sul, Etiópia, Holanda, Noruega, Suécia e Qatar. 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Basta, Agualusa! - Ungulani Ba Ka Khosa

À  primeira perdoa-se, à  segunda tolera-se com alguma reticência , mas à  terceira, diz-se basta! E é  isso que digo ao Agualusa, escritor angolano que conheço  há mais de trinta anos. Sei, e já  tive oportunidade de o cumprimentar por lá, onde vive há anos num recanto bem idílico da Ilha de Moçambique; sei que tem escrito tranquilamente nessa nossa universalmente conhecida ilha; sei, e por lá passei (e fiquei desolado), que a trezentos metros da casa de pedra que hospeda Agualusa estendem-se os pobres e suburbanos bairros de macuti (cobertura das casas à base das folhas de palmeiras), com  crianças desnutridas, evidenciando carências  de gerações de desvalidos que nada beneficiaram com a independência de há 49 anos. Sei que essas pessoas carentes de tudo conhecem, nomeando, as poucas e influentes famílias moçambicanas que detém o lucrativo negócio das casas de pedra, mas deixam, na placitude dos dias, que os poderosos se banhem nas águas  d...

Gibson João José vence a 17ª edição do Prémio Literário José Luís Peixoto

  Gibson João José, natural da província de Inhambane, Moçambique, foi um dos vencedores do Prémio Literário José Luís Peixoto em 2024, na categoria destinada a não naturais ou não residentes no concelho de Ponte de Sor. O escritor conquistou o prémio ex aequo com a obra Em Vogais, ao lado de Paulo Carvalho Ferreira (Barcelos), distinguido pela obra Almanaque dos dias ímpares. Para Gibson, “ter vencido o Prémio Literário José Luís Peixoto | 2024 constitui uma enorme satisfação e, talvez, um bom sinal para quem conquista o seu segundo prémio e está a dar os primeiros passos nesta jornada de incertezas”. Acrescenta, ainda, que esta vitória é "também um marco na literatura moçambicana, que, nestes últimos tempos, tem-se mostrado vibrante e promissora, com autores novos que, a cada dia, elevam o seu país além-fronteiras”.O Prémio Literário José Luís Peixoto é atribuído anualmente pela Câmara Municipal de de Sor em 2006, tendo a sua primeira edição ocorrido em 2007. Segundo a organiza...

Pedro Pereira Lopes vence o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024

O escritor moçambicano Pedro Pereira Lopes foi distinguido com o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura 2024 pela sua obra “Tratado das Coisas Sensíveis” . Este prestigiado prémio literário, instituído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), tem como objetivo promover a literatura de língua portuguesa, reconhecendo obras de autores que se destacam pela excelência e originalidade. Além da consagração de Pedro Pereira Lopes, a obra “A Vocação Nómada das Cidades” , de autoria de André Craveiro, recebeu uma Menção Honrosa . Sobre o Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura O Prémio, em homenagem a Vasco Graça Moura, figura incontornável da literatura portuguesa, destina-se a premiar obras inéditas no âmbito da poesia, ensaio ou ficção. Além de prestigiar autores de língua portuguesa, o concurso visa estimular a criação literária e assegurar a publicação e promoção das obras premiadas. As candidaturas são abertas a autores de qualquer nacionalidade, desde que os trabalhos sejam a...