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Mensagens

Daúde Amade vence o Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa 2024

A Imprensa Nacional anunciou os vencedores da Edição 2024 do prestigiado Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa , uma das mais importantes distinções literárias no espaço lusófono. O grande vencedor deste ano é Daúde Amade , com a obra Rogilda, ou Breviário de Agonia . Além do vencedor, a organização atribuiu uma Menção Honrosa à obra Na Boca do Hipopótamo , de autoria de Jeremias Macarimgue , reconhecendo a relevância literária do autor. O Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa foi instituído em 2015, em homenagem ao escritor, ensaísta e crítico literário Eugénio Lisboa, e tem como objectivo valorizar a criação literária em língua portuguesa, promovendo a divulgação de novos talentos e obras relevantes. Desde sua criação, o prémio tem contribuído para a consolidação de uma rica tradição literária, ao mesmo tempo em que abre espaço para escritores emergentes. A cerimónia de entrega do prémio está prevista para os próximos meses, numa data a ser confirmada, e contará com a presença ...

Evelyn Alves Indicada ao Prêmio Nevado Solidário de Oro - Argentina 2024

  No próximo dia 15 de dezembro de 2024 , às 15h , acontecerá a 7ª Edição do Prêmio Nevado Solidário de Oro , na Argentina. O evento será transmitido ao vivo pela TV web c4tvweb.tv e contará com direção geral de Rulo Ortubia , direção brasileira de Sayder SDR e coordenação no Rio de Janeiro pela jornalista e cineasta Aline Melo . A talentosa Evelyn Alves foi indicada ao prêmio em reconhecimento ao seu notável trabalho e contribuições. Confira mais sobre ela: Evelyn Alves Instagram: @evelynscalves Professora, Pedagoga e Estudante de Direito Palestrante, Escritora, Poeta e Educadora Socioemocional Podcaster apaixonada por conectar pessoas Atuação e Conquistas: Colaboradora em comissões da OAB/RJ : OAB Vai à Escola, Igualdade Racial e OAB Mulher RJ. Coordenadora do Clube do Livro da OAB Mulher RJ. Conselheira no Instituto Justiça Delas . Diretora da ABA Nacional Crianças e Adolescentes como Secretária Adjunta . Doutora Honoris Causa, reconhecida por suas contribuições escritas e tr...

PROJETO DE TEATRO DE RUA GRATUITO EM 2024

Inspirado em seu saudoso professor e também multiartista Landi, o multiartista Alvaro Neto está oferecendo aulas gratuitas de Teatro de Rua para a comunidade durante o ano de 2024. Os encontros aplicarão técnicas de vivência do próprio, mesclando conhecimentos de dança, circo, teatro, cinema, TV, esportes, entre outras aplicações, desenvolvidos ao longo de anos de pesquisa. Esses conhecimentos serão empregados de forma colaborativa com os inscritos, utilizando apenas o necessário para a apresentação final. O projeto acontecerá em espaço público e aberto, disponível para todos acima de 18 anos, devido ao período noturno em que ocorrem as ministrações. Haverá ensaios semanais de uma a três vezes, com possibilidade de mudança de horário e definição dos dias e até diminuição das aulas baseados na demanda. O idealizador pretende realizar a montagem ao final de 2024, mesmo sem qualquer apoio ou patrocínio, contando com participantes que amam a arte.   O ministrante está desenvolvendo um ...

Micheliny Venunschk e Nuno Júdice são os grandes vencedores do Prêmio Oceanos 2024

O prestigiado Prêmio Oceanos - 2024 revelou os vencedores nas categorias de prosa e poesia, destacando obras que lançam luz sobre questões contemporâneas e a condição humana. Na categoria de prosa , o prêmio foi atribuído à escritora brasileira Micheliny Venunschk , pelo romance “Caminhando com os mortos” . A obra se debruça sobre os efeitos devastadores da violência enraizada no Brasil, exacerbada por discursos fanáticos e excludentes de matriz religiosa. Com uma narrativa contundente e reflexiva, Micheliny oferece um retrato pungente de uma sociedade marcada pela polarização e intolerância. Já na categoria de poesia , o vencedor foi o renomado poeta português Nuno Júdice , com o livro “Uma colheita de silêncios” . A distinção vem com uma nota de pesar, pois o autor faleceu pouco após a inscrição da obra no concurso. O livro, marcado pela sensibilidade característica de Júdice, reflete sobre os espaços entre a palavra e o silêncio, oferecendo uma despedida poética e profunda de...

PRESENÇA DA AUSÊNCIA - Entrevista a Areosa Pena (as respostas são frases extraídas das suas crónicas)

Por: Nelson Lineu Nelson Lineu – És o primeiro convidado não poeta na presença da ausência... Areosa Pena - chegou, portanto, o momento! N.L. – Na morte o que te preocupou foi o facto de não poderes escrever ou não teres o que escrever? A. P. – Durante uma hora, andei perdido em cruzamento de linhas N. L – Houve algo que escreveste e foi fundamental para te adaptares à morte? A.P – “Vá e comece a viver de novo. Verá que esta vida é melhor que a outra que viveu”. N. L – Fizeste da tua escrita a tua causa, é caso para dizer no princípio foi a causa? N. L. – Quem não é capaz de se interessar, de se dedicar, de se apaixonar, totalmente, por qualquer causa - boa ou má, não importa- está moribundo. N. L. – É verdade que tens uma paixão pelo luar? A. P. – A quem dói a falta de energia, não é belo o luar. N.L . -  Bertrand Russel defende que para ver melhor uma coisa é preciso uma certa distância, sendo a morte uma distância, o que viste melhor aí do outro lado da vida? A. P – Pensava que ...

PRESENÇA DA AUSÊNCIA - ENTREVISTA A CRAVEIRINHA TREZE ANOS DEPOIS DA SUA MORTE* (2016)

por Nelson Lineu Nelson Lineu (N.L.) – Ainda és movido pelos mesmos pensamentos que te fizeram um cidadão de uma nação que ainda não existe? José Craveirinha (J.C.) – Ainda não mudei. Continuo obsessivo a fazer, de preferência, o que mais gosto. N.L. - Há homens que deviam viver mais, por precisarem de mais tempo para concretizarem suas utopias. Concordas? J.C. - Se me visses morrer os milhões de vezes que nasci. N. L. - Almejaste uma nação que se pode entender ser uma construção permanente. Sentes que tinhas muito ainda a dar para concretização desse sonho?  J.C - Tenho apenas amor para dar às mãos cheias. Amor do que sou e nada mais. N.L - Estás satisfeito com as homenagens feitas a ti e a tua obra? J.C. - Dão-me a única permitida grandeza dos seus heróis, a glória dos seus monumentos de pedra. N.L. – Sentes que em vida recebeste como deste? J. C. - A ambição minha e da Maria foi termos uma casa onde nos cortarmos os cabelos brancos. N.L – Por falar em Maria, qual a explicação de...

PRESENÇA DA AUSÊNCIA - Entrevista a Noémia de Sousa (15 anos depois da sua morte, as respostas foram extraídas do seu livro)

Por: Nelson Lineu Nelson Lineu - Depois de um tempo, a Presença da Ausência, volta com uma voz feminina.  Noémia de Sousa – Por que vieste hoje que não te posso receber? N.L. Porquê não me podes receber? N.S. – Hoje, eu só saberia cantar a minha própria dor! N.L. A tua é a nossa dor! Noémia, a esperança está sempre presente na tua poesia, até que o teu livro publicado postumamente poder-se-ia chamar “Grito de Esperança”. É o teu modo de estar na poesia? N. S. – Do fundo da água, as estrelas sempre sorrirão. N.L. – Queres dizer? N.S. – Este é o caminho que eu quero, humano verso. Esta é a música que eu amo, germinando em revolta e nostalgia. N.L. – Este caminho e esta música estão dentro de ti ou fora? N.S. – Na capulana quente da minha compreensão. N.L.- O que a morte te trouxe? N.S. – Trouxe-me consigo todo um mundo esquecido e recordações familiares. N.L. – Qual foi a mudança radical na morte?  N.S. – Nunca mais dormi. N.L. – O que te impressionou deste lado? N.S. – As luzes...