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Mensagens

Momentos do sarou de poesia 24 de Agosto de 2019

No sábado do dia 24 de Agosto de 2019, pelas 8 horas locais, levou ao Instituto Médio Salesiano de Inharrime, mais um sarau de poesia, com o tema principal' "a musica como forma de expressão artístic a" e tinha como painelista o professor Matine. O momento foi caracterizado por diversas manifestações artísticas, declamações, cântico, teatro e ainda a venda e exposição de livros como ilustram as imagens. Foi uma manha de intensa atmosfera artistica. 

Alguns Poemas de Jose Craveirinha

 Nossa cidade Nossa cidade esquisita na bilharziose das compridas noites amansadas como gatas de estimação ronronando aos pés do dono e sobre as citadinas coxas de pedra entreabertas no lençol como uma mulher saciada a segunda vez. e nas ilhargas da cidade os maldito meninos de rostos tatuados de ranho seco todos como pássaros fisgados no cajueiro dos malefícios todos com os olhos amarelos de gemadas longínquas de sol                                                                                                       (africano todos em carne viva sem sulfas de naco de pão todos a castanha de caju mastigada nos molares antropófagos                                                                                                       (da rua. Nossa cidade cemitério de mortos antes de o serem e deserto povoado de um José - mulato jipe de caricias nos joelhos nus das raparigas esfomeadas também de angustias de cio fêmeas e machos abotoados de ociosidade devorando-s

Alguns Poemas de Virgílio de Lemos

Os teus retratos, L. M. Com a avidez que em mim desperta a sedução, olho-te e desejo-te como se fosses sonhada, inacessível, Afrodite. Mas finalmente gritando como o mar estas em mim como vertigem o fogo do tempo, a sua cólera a sua fluidez, a sua matriz, o outro eu da memoria que respira no meu corpo, inquieto, exilado mas não extinto, destino de quem vive e morre na transparência do poema, cidade, na alucinada posse que supera o irreal, e é vida, nos murmúrios do silêncio, o coito invisível e secreto entre o meu olhar e o teu. Lourenço Marques, 1951 (da serie prevista para Msaho 5 ou 6 folhas de poesia) 1951/1954 Antropografia Delirante ao Afonso Albuquerque, médico Ao Carlos Adrião Rodrigues Ao Santa-Rita 1. Mas qual o poeta que não tem, Incestuosa, uma relação com a língua qual a língua que não devora o poeta? L.M., 1962 Sacanice Inventiva (Ao Rui Nogar, ao Jose Craveirinha, ao Peres da Silva) Ser caniço, ser ave, ser sobremesa s

5 poemas de Fernando Couto seleccionados do livro Monódia

Os Exílios Ferida aberta, o ar magoa nos dias de cinza, incruenta e incurável no dobrar dos dias - cordão umbilical sem corte possível E, todavia, uma outra ferida se rasgará no teu seio indefeso á lancada do teu regresso desse primeiro exílio. 1985 Asa irreprimível o fascínio da asa: tanto que a demos aos anjos! 1987 Crepúsculo Grave a montanha lenta se transfigura. Doirada e tranquila a tarde vai morrendo de azul de longe e de paz. No coração desta paz quase palpável o sangue não pulsa mas doirada a luz palpita em minhas veias: suavemente vou sentindo que também sou imortal. 1985 Poesia meu anseio Quero-te poesia incandescência de lava queimando-me o coração e um delido fio de ternura velando os meus olhos. 1967 Fernando L. Couto Outono Já  Outono despoja as arvores com atenta e carinhosa mão. Em sangue e ouro se esvai e arde em silenciosa labareda. é já prenúncio em volta da morte invernal surgindo. Grave lenta suavemente Outono mela

Eça de Queirós

Eça de Queirós Seria difícil imaginar o rumo da cultura portuguesa sem o no Eça de Querós, que se instaurou como um marco da qualidade da literatura portuguesa de igual forma que se tem os seguintes nomes, Luis de Camões, Fernando Pessoa entre outros. Nomes de incontestável repercussão mundial. Eça de Queirós, o grande mestre do romance português moderno e certamente o mais popular entres os escritores portugueses do seculo XIX, morreu aproximadamente a 100 anos em Paris aonde o levou a vida de diplomata. Havana, Newcastle, Bristol foram outros tantos postos que ocupou. No entanto, pode se imaginar as origens do seu olhar critico e sarcástico sobre o mundo do seu tempo em cronicas e obras de ficção que visaram a politica,  religião, a literatura, a mentalidade burguesa, a hipocrisia social. Mas o seu campo de eleição foi sempre Portugal, cenário da maioria das obras de ficção e lugar onde todas suas obsessões desaguam. Atravessou o rimatismo social, o realismo, o naturalismo, no

Um Tindzileiro conquista o 1º lugar da 3ª edição do prémio Literário Fernando Leite Couto na modalidade de poesia

O Projecto Tindzila leva o prémio literário da 3ª edição Fernando Leite Couto para Inharrime na pessoa de Otildo Justino Guido “ KA MADAUKANE E O SILÊNCIO DA PELE ” f oi a obra que consagrou o jovem Otildo Justino Guido, natural de Inhambane, residente actualmente na província de Gaza, no passado dia 12 de Dezembro de 2019, vencedor da 3 edição do prémio Fernado Leite Couto num universo de 96 obras concorrentes. Biografia   do Poeta   OTILDO JUSTINO GUIDO, moçambicano, nascido no distrito de Maxixe, na província de Inhambane; formando em Contabilidade e Finanças; membro da Associação Cultural Xitende; um dos mentores do Projecto Cultural Tindzila; é compositor de letras de música, poeta e escritor; participou no projecto “Nova Poesia Africana de Expressão Portuguesa” (2015); participou na antologia Internacional da CPLP “Entre o Samba o Fado e a Poesia” (2015), participou na antologia “Obsessões” da editora Lua de Marfim (2015); participou na colectânea de conto

Circulo de Leitura no Distrito de Inharrime- Inhambane

Dia 30 de Novembro de 2019 pelas 15 horas teremos o poeta, escritor e rap Otildo Justino natural de Inharrime, estudante de contabilidade a moderar o debate sobre a obra poética de Mia Couto intitulada " Tradutor de Chuvas ". Como mostra o cartaz abaixo. Vamos? Cartaz