Atenção Chimoio!
07 de Julho as 10h
no Campus da Unipúngué-Sede
Lançamento da obra Confissões da Madrugada de Zacarias Nguenha
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Confissões da Madrugada é uma poética que estreia Zacarias Nguenha na literatura moçambicana, de acordo com Vanessa Riambau Pinheiro, Professora Doutora de Literaturas Africanas na Universidade Federal da Paraíba – Brasil, prefaciadora da obra, o livro de estreia do poeta Nguenha, Confissões da Madrugada, tem este viés lírico-amoroso. As epígrafes de Adelino Timóteo (“...O maior dos meus deslizes foi ter jurado simultaneamente fidelidade a ti e a poesia”) e Florbela Espanca (“Ser poeta é [...] dizê-lo cantando a toda a genteǃ”) dão o tom à obra, que é dividida em cinco seções: I – O Sonho; II – O Choque; III – A Confissão; IV – A Vénia e V – A Súplica.
Em “O Sonho”, o eu poético canta seus amores de maneira neorromântica.
Em “O Choque”, os versos ganham maior elaboração estética, assumindo denotações várias. A amada, por sua vez, torna-se mais real à medida em que é desejada pelo eu poético.
A terceira seção, “A Confissão”, é a declaração amorosa: se inicialmente houve o elogio ao sentimento e depois a externalização do desejo e personalização da amada, a terceira seção é o amor revelado, com todos os seus efeitos
Desta feita, é mister salientar o cariz epifânico que a poesia possui, visto que o sentido adquirido através da leitura é um processo de revelação que se dá através da nomeação da palavra. O amor, nos versos de Nguenha é nomeado enquanto ideal e desejo e, uma vez correspondido, é também alicerce; assim, manifesta-se o processo em seu completo desvelar, complementado por “A Vénia” na seção IV: rendido o poeta, homenagens são feitas aos antepassados e à amada:
A quinta e última parte deste exercício amoroso chama-se “A Súplica” e, como o título indica, traz um clamor pela permanência do enleio afetivo. Inicialmente, esta súplica dirige-se ao deus cristão.
Ao final, entretanto, a reza perde o destinatário; sacraliza-se o Amor, “amor nosso”, numa prece que lembra o “Pai Nosso”:
Zacarias Lucas Lázaro Nguenha, nasceu a 20 de Fevereiro de 1994, na localidade de Munhinga, distrito de Sussundenga.
Em 2012 concluiu o Curso Básico de Formação de Professores pelo Instituto de Formação de Professores de Chibata.
Em 2018 concluiu o Curso Médio no mesmo instituto.
Neste momento está a concluir a Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Católica de Moçambique.
Também está a licenciar-se em Direito pela Universidade Púnguè.
É professor de Língua Portuguesa no distrito de Gondola, Manica.
Tem textos de opinião e crónicas publicados no Cartas de Moçambique e no Integrity Magazine.
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