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Todos nós fizemos não, ao adeus

A minha esposa, ao anoitecer, chegou para mim na tarde desta quinta-feira do dia 09 de Março, um dia antes do aniversário da minha cunhada mais nova que aqui vou não vou poder nomeia-la, abalada e a soar, mais para o lado de indisposição, uma singularidade dela que fui aprendendo em todos estes anos da nossa convivência, dizendo: É MEME OU AZAGAIA MORREU DE VERDADE?

Não disse nada. Tive a certeza no íntimo que, inconscientemente, a minha esposa, afetiva que ela é, mais segura de si que mim, expressava com uma delicadeza que pessoas como AZAGAIA só morre é no nos MEMES.

Tudo é aldrabice. É fantochada. Como um ser em sã consciência aceitaria estás palavras podres e ausentes de sentido: MORREU AZAGAIA.

Uma e outra conversa que tive aqui e acolá, encontrei em cada uma, coisas deprimentes como: AZAGAIA MORREU.

Em cada tela do celular, machete dos jornais, blogs, sites, páginas, redes sociais, orelha a orelha, informam-nos: AZAGAIA MORREU.

 Agora digam-me vocês, como é que se morre se se é um AZAGAIA? Há toda essa luta inútil de apagar na memória o nosso pecado original. Todos nós sabemos muito bem que pecamos com o nosso #RAP e mais, com o mano Edson da Luz que se incorporou em AZAGAIA para afrontar todos os lesa pátria. Os insensíveis. Para enfrentar de frente todos os males que adoecem a nossa velha sociedade. 

Olha como a hipocrisia é tanta em nós. Fingimos nos importar. Fingimos que estamos a nos redimir. É por apenas 24 horas e alguns dias. Depois nada do que nos fala e falou ou cantou AZAGAIA não vai fazer mais sentido nesta sociedade tóxica. Onde as relações interpessoais são mecânicas. Não passam de egoístas e falsas.

Não começou hoje, mas ontem tínhamos um AZAGAIA que se diz que morreu por aí para nós alertar, para nos puxar a orelha, e agora, o que será da época pós-AZAGAIA?


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