Avançar para o conteúdo principal

ÂNCORA NO VENTRE DO TEMPO, de Fernando Absalão Chaúque

 

Leitura do mês



Tindzila propõe ao seu público-leitor uma obra literária para a leitura do mês de Julho: ÂNCORA NO VENTRE DO TEMPO, de Fernando Absalão Chaúque.

O livro em alusão foi objecto de avaliação no Concurso Literário Alcance Editores 2019, onde saiu vencedor e estreou seu autor em livro.

Fernando Absalão Chaúque vai falar sobre o seu livro no Tindzila, no dia 30 de Julho de 2021 (Sexta-feira), numa conversa a ser moderada por Daúde Amade.

De forma lacónica, apresentamos a sinopse do livro em ênfase:

*Âncora no ventre do tempo* (2020) , de Fernando Absalão Chaúque

"A pedido dos netos, um ancião navega nas rédeas dos tempos passados. Resolve episódios que presenciou quando trabalhava em Lufa-lufa, um bairro banhado de mistérios e insólitos surreais. Nesse lugar há mortos que ressuscitam. Há chaminés ambulantes, subalternização da mulher e infidelidade. Chove peixe e os feiticeiros são também enfeitiçados. Contudo, a memória é o centro de erupção, a âncora que mantém as lembranças cravadas no linguajar metafórico e imagético que se estende no ventre de tudo que é aqui narrado pelo ex-fotógrafo."

_________

Qualquer leitor é nosso convidado. Esperamos por ti, para uma conversa aprazível.

Aproveitamos o ensejo para dizer que o livro ainda está disponível. Pode ser comprado na Alcance Editores ou mesmo com o autor do livro.

Projecto Tindzila
Unidos pela Lei-tura

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Basta, Agualusa! - Ungulani Ba Ka Khosa

À  primeira perdoa-se, à  segunda tolera-se com alguma reticência , mas à  terceira, diz-se basta! E é  isso que digo ao Agualusa, escritor angolano que conheço  há mais de trinta anos. Sei, e já  tive oportunidade de o cumprimentar por lá, onde vive há anos num recanto bem idílico da Ilha de Moçambique; sei que tem escrito tranquilamente nessa nossa universalmente conhecida ilha; sei, e por lá passei (e fiquei desolado), que a trezentos metros da casa de pedra que hospeda Agualusa estendem-se os pobres e suburbanos bairros de macuti (cobertura das casas à base das folhas de palmeiras), com  crianças desnutridas, evidenciando carências  de gerações de desvalidos que nada beneficiaram com a independência de há 49 anos. Sei que essas pessoas carentes de tudo conhecem, nomeando, as poucas e influentes famílias moçambicanas que detém o lucrativo negócio das casas de pedra, mas deixam, na placitude dos dias, que os poderosos se banhem nas águas  do Índico, deleitando-se com “selfies” e enca

“Amor como caminho de crescimento” em “Amei para me amar”, de Nyeleti - PPL

  Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.   É um não querer mais que bem-querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.   É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. — Soneto de Luís Vaz de Camões (p.31)   Livro “Amei para me amar”, da escritora Nyeleti, é uma obra que transcende os limites da literatura, emergindo como um importante documento que mescla a literatura, a sociologia e a psicologia. Será um livro de auto-ajuda? Um depoimento? Não cabe a mim dizer, mas a sua estrutura em muito  me lembrou os Doze Passos para o tratamento do alcoolismo, criado por Bill Wilson pelo Dr. Bob S. Dividido em 13 capítulos temáticos, como “Todos somos falhos”, “Quando e como amamos demais”  e “Por que dou mais do que recebo?, o livro se revela uma janel

Uma vista às eleições gerais de 2024 - Ungulani Ba Ka Khosa

Para quem, como eu, tem acompanhado, ao longo de mais de quarenta anos, como professor e, acima de tudo, escritor, o percurso da Frelimo, em tanto que Frente de libertação de Moçambique e, subsequentemente, como Partido de orientação marxista,  desembocando em Partido sem estratégia ideológica, estas eleições não me  surpreenderam de todo. Ao acompanhar a leitura dos resultados feita pelo Presidente da Comissão Nacional de Eleições, veio-me à mente a durabilidade no poder de um outro partido do sul global, o PRI (partido revolucionário institucional), do México,  que esteve no poder entre 1929 e 2000. 71 anos no poder. Longo e asfixiante tempo! As críticas  que se faziam, nas sucessivas eleições, centravam-se na fraude eleitoral, na sucessiva repressão contra os eleitores, na sistemática violação dos princípios democráticos, na falta de lisura no trato da coisa pública. Tal e qual a nossa situação. A propósito, o grande Poeta e intelectual mexicano Octávio Paz, dizia, com a linguagem q