A Queda – Albert Camus (Ou a democracia como culpa colectiva?) O meu contacto com Albert Camus deu-se quando era estudante de Filosofia na extinta Universidade Pedagógica – Delegação de Nampula. Comecei com “O Mito de Sísifo”, seguido de “O Homem Revoltado”. Mais tarde, li “O Estrangeiro” (definitivamente um dos melhores livros que já li), depois “A Peste” e agora “A Queda”. Posso afirmar-me suficientemente conhecedor da obra de um dos meus ídolos. O livro é um monólogo de um parisiense que se apresenta como “juiz-penitente”, Jean-Baptiste Clamence, e que narra, num bar de marinheiros de Amesterdão, o México-City, as peripécias da sua vida na capital francesa. Jean-Baptiste atingira o sucesso na alta sociedade como advogado respeitado, vangloriando-se tanto dos seus dotes na defesa de causas nobres como das suas conquistas amorosas. A escrita de Camus é incómoda para quem procura, através dos livros, confirmar as suas convicções. As palavras do seu personagem-narrador fazem-nos re...
Projecto Tindzila é uma iniciativa cultural, sem fins lucrativos, vocacionado na dinamização da cultura, com destaque a promoção da literatura e, sediado na província de Inhambane, concretamente no Distrito de Inharrime, tem realizado diversas actividades viradas ao desenvolvimento literário, assim como para o desenvolvimento artístico no seu contexto generalizado de belas artes