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Mensagens

A mostrar mensagens de 2025

Delfim Gabriel lança livro sobre o impacto do uso do solo urbanona Beira

Beira, 17 de Novembro de 2025   No dia 21 de Novembro, a Casa do Artista, na cidade da Beira, vai acolher, pelas 16 horas, o lançamento do livro “Detecção de mudanças na cobertura e uso do solo urbano e suas implicações sócio-ambientais no Bairro de Mungassa, cidade da Beira (2000-2020)”, de Delfim Gabriel. A apresentação do livro estará a cargo do académico ÉsioMagaio. Esta obra oferece uma análise meticulosa das mudanças no uso e cobertura da terra no Bairro de Mungassa, na cidade da Beira, revelando as suas profundas implicações para o meio ambiente e para a comunidade local. Uma leitura indispensável para urbanistas, ambientalistas, gestores públicos e todos aqueles que se preocupam com o futuro das cidades.   Delfim Dos Santos Sozare Gabriel nasceu e cresceu no Posto Administrativo da Munhava, cidade da Beira. É fluente nas línguas Ndau, Português e Sena. A sua formação académica inclui uma licenciatura em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Comunitário com ha...

“Grito, o Mundo Gagueja” – A voz poética de Alcione Thulani Amós chega a Maputo

  No próximo dia 29 de Outubro , às 17h30 , o Centro Cultural Português em Maputo será palco do lançamento do livro “Grito, o Mundo Gagueja” , da jovem autora Alcione Thulani Amós , uma promessa literária cuja escrita revela uma sensibilidade rara e uma profunda reflexão sobre o mundo e as emoções humanas. A sessão contará com a apresentação do escritor e poeta Otildo Justino Guido , que fará uma leitura interpretativa da obra e do universo poético da autora, convidando o público a mergulhar em versos onde o silêncio e o grito se entrelaçam como expressões da alma. Sobre o livro – “Grito, o Mundo Gagueja” Em “Grito, o Mundo Gagueja” , Alcione Thulani Amós convida o leitor a escutar as hesitações e pulsos do mundo interior. Seus poemas transitam entre a inocência e a maturidade, revelando uma escrita introspectiva que busca compreender o medo, a esperança e a voz do próprio ser. A obra é um testemunho da força criativa da juventude e da poesia como espaço de libertação e de...

Edgar Magalhães lança o seu novo livro em Lichinga

  A sós com Deus: Desvendando a oração e o jejum  é o título do novo livro doescritor Edgar Magalhães, sob chancelada Mapeta Editora,a ser lançado na cidadede Lichinga, no dia 10 de Outubro, na Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos da Universidade Católica de Moçambique (UCM), pelas15h30. A apresentação estará a cargo do pastor Zeferino Sola, com comentários do académico Jorge Malita. Nesta nova proposta de Edgar Magalhães, o leitor será conduzido a uma compreensão profunda da oração e do jejum, duas práticas poderosas e fundamentais para a vida cristã. Com clareza e sensibilidade, exploram-se as respostas a questões comuns sobre a oração e o jejum. Em sua nota de prefácio, o teólogo e escritor António Sendi destaca que “ a obra A Sós com Deus: Desvendando a oração e o jejum , de Edgar Magalhães, apresenta-se com vários méritos. O primeiro está no título, que nos recorda que a salvação é individual. Somos convidados a momentos de intimidade com Deus, ...

A Condição Lepidóptera: Um Diário Íntimo da Alienação em "Brogúncias do Meu Bairro"

  Se as ruas do seu bairro pudessem falar, contariam uma história de asas roubadas, de corpos catalogados e de um coveiro que enriqueceu com o fracasso da esperança. É este o convite brutal que Miller A. Matine nos faz em "Brogúncias do Meu Bairro" (2015). O título, que promete apenas as "brogúncias" (as pequenas trivialidades do quotidiano), é uma ironia cortante. O que o autor nos entrega não é um passeio despretensioso, mas sim um tratado existencial disfarçado de crónica urbana, um mergulho corajoso no negrume existencial que viceja nas entranhas da nossa vida citadina.   “Três Livros em Um” A obra não se revela de imediato. A sua estrutura de tripartida: livro 1, livro 2 e livro 3, é a primeira pista para a desordem social que este denuncia. Esta não é uma divisão casual; é uma metodologia que permite a Matine atacar a alienação em três diferentes planos de profundidade, com cada "livro" a funcionar como uma lente complementar, construindo o...

A DISJUNÇÃO DAS ESSÊNCIAS DE UMA OPERAÇÃO FEMININA

A operação matemática que atordoa os senhores é de muita facilidade de decifrar, uma verdadeira brincadeira de criança! A sua frágil estrutura, camuflada de longanimidade, tem apenas três elementos essenciais, e não fica intacta a sua estrutura, depois do definhar da tempestade que arrasta todos os números, deixando-os em desalinho. Para facilitar o cálculo desta patente operação matemática, é preciso isolar os fatores em três divisões, como se estivesse a separar as joias da coroa. A primeira divisão compreende a fase juvenil, repiso: só a fase juvenil; onde os números ainda têm um olhar meigo, inocente e inofensivo, como uma rosa sem espinhos. Está é uma fase virgem do corpo; na verdade, é nesta fase que se tem o útero novinho em folha, pronto para desabrochar! Não é segredo para ninguém que aqui há uma enorme e boa colmeia de mel, onde as abelhas trabalham em harmonia! A segunda divisão é perturbadora; compreende a adolescência e a maturidade dos números. É uma fase turbulenta, naus...

Vally Moronvick apresenta o seu livro de estreiana Beira

A Casa do Artista, na cidade da Beira, será o palco da sessão de apresentação do livro “O Clamor do Tambor Negro”, de Vally Moronvick, no próximo dia 2 de Outubro, pelas 18 horas. A apresentação estará a cargo do académico Dércio Chiemo. Neste seu livro de estreia, do género poético,Vally Moronvick desafia as correntes que a  sociedade impõe ao modo de vida, convidando o leitor a reavaliar o mundo ao seu redor. Cada  poema é uma batida firme do tambor, ressoando com uma urgência que nutre o espírito,  enquanto questiona as normas e provoca uma revolução silenciosa na mente.  Para Prof. Dra. Mônica Maria Soares Santos, em sua nota de prefácio, “O livro constrói-se como uma viagem poética que atravessa emoções, lutas, resistências e momentos de introspecção. Cada poema, tal como o som de um tambor que reverbera através do tempo, traz em si uma verdade singular. Seja na reflexão sobre as pequenas desordens do quotidiano, como em “Se as meias falassem”, ou nas profundezas emoci...

Paulino Tholle apresenta o seu livro de estreia em Chimoio

  No dia 3 de Outubro, pelas 16 horas, a Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Moçambique (UCM), na cidade de Chimoio, vai acolher o lançamento do livro “O Resgate de Memórias”, da autoria de Paulino Tholle, em sua estreia literária. A apresentação do livro estará a cargo do académico Gudo Bai Maidjele. “O Resgate de Memórias” é uma colectânea de crónicas que recria, com realismo e sensibilidade, o quotidiano dos internatos estudantis moçambicanos, preservando fragmentos de uma memória colectiva e resgatando histórias que habitam entre o íntimo e o social, entre a disciplina rígida e os gestos de amizade, entre a dureza das regras e a ternura dos laços forjados no convívio diário. Em nota de capa, o escritor Janato Janato escreve sobre o livro: “Através do resgate dos fragmentos históricos descobertos nas páginas desta obra, que se confunde com uma mini-autobiografia, Paulino Tholle, como um exímio Narrador Autodiegético, leva-nos numa viagem ao tempo e, na sua ...

Varello Chivale apresenta o seu livro de estreiaem Quelimane

  No dia 6 de Outubro, pelas 16 horas, o Auditório da Universidade Licungo, na cidade de Quelimane, vai acolher o lançamento do livro “A Ilha da Solidão”, da autoria de Varello Chivale. A apresentação do livro estará a cargo do académico Pedro Napido. Neste seu livro de estreia, de género novela, Chivale apresenta-nos um mundo marcado por tradições implacáveis e silêncios profundos, onde um pai sente o peso de preparar a filha de 16 anos para os desafios da vida. Longe dos ensinamentos formais, ele transmite-lhe lições de sabedoria e alegria, cultivando nela um olhar forte e sensível para o mundo. Mas quando, numa festa de lobolo , dominado por mágoas antigas e pela fúria de uma injustiça silenciosa, o pai comete um homicídio, o destino da família muda para sempre.   Varello Chivale nasceu a 9 de Junho de 1992, no Distrito de Govuro, Província de Inhambane. É formado como Técnico de Medicina Geral pelo Centro de Formação em Saúde de Massinga (2016), onde trabalha como...

Ozias Cambanje apresenta o seu livro de estreiaem Tete

  No dia 3 de Outubro, pelas 16h30, o Hotel Kassuende, na cidade de Tete, vai acolher o lançamento do livro “A Paz no Pombo Preto”, da autoria de Ozias Cambanje, em sua estreia literária. A apresentação do livro estará a cargo do escritor Virgílio Ferrão. Neste livro, o pombo negro não apenas sobrevive às correntes da rejeição, ele voa alto, orgulhoso da sua cor, convidando todos os pombos do mundo a partilharem o céu da justiça, da igualdade e da esperança; ele rompe as amarras mentais que o aprisionam e afirma-se como símbolo genuíno da paz. Trata-se, portanto, de um exercício poético que propõe uma reflexão profunda sobre pertença, representatividade e justiça histórica. Sobre o livro, o académico Sóstenes Rego destaca, em sua nota de prefácio, que “é uma leitura aprazível, especialmente para amantes da poesia e do prazer de ler. Recomendo-o vivamente. O autor finca os pés na terra que o viu nascer e, a partir dela, voa, rasante e em grandes alturas, embalado pelos espírit...

ALERTO BIA LANÇA A NOVELA “OS TÚMULOS DE AMIRAH”

  Será lançado, no dia 02 de Outubro, pelas 17h30, no Nedbank Business Lounge, em Maputo, o livro “Os Túmulos de Amirah”, da autoria do poeta e contista Alerto Bia. A obra será apresentada pelo professor e editor Cremildo Bahule.   No seu quinto livro, Alerto Bia, que anteriormente apresentou ao público um livro de contos (“O Ardina de Sapatos Gastos”), apresenta-nos uma novela de linguagem límpida e narrativa brusca, narrada no presente e no passado, com recurso a “flasbacks”.   “Os Túmulos de Amirah” é uma novela de 88 páginas que mescla a realidade vívida com toques de mistério e o sobrenatural. O livro reflecte sobre os complexos laços entre o amor, o ciúme, a fé e as raízes culturais moçambicanas.Em “Os Túmulos de Amirah”, Alerto Bia introduz o leitor ao mundo de Amirah. Mas a Amirah não é uma mulher comum, o seu amor é uma maldição: todos os homens que se apaixonam por ela acabam por morrer.   Na ocasião de lançamento, haverá leituras do livro e um...

A CORTINA DA MENTIRA CAIU!

Tem uma casa de alvenaria trajada a rigor, no bairro, mas o dia que foi descoberta a sua nudez, os olhos, não ficaram só enojados, foram também invadidos por um pesado e belo par de chifres, como quem desperta do sonho para a distopia de uma virgem rebocada, rodada e tratada com toda a pujança viril dos machos do bairro. Foi o descuido das persianas na luta de libertação nacional, que capturou o homem e a terra... Dentro desta casa, há destroços, ruínas, multidão atolada na lama da cegueira; encarcerada nas celas tateadas na muralha dos campos de concentração, campos de reagrupamento e aldeias comunais, onde respetivamente, as chacinas ferviam o sangue, a tortura alinhava a demência dos loucos e o engano, patrulhava os aldeões dia e noite. É impávido e brutal o golpe nas costas, deferido descaradamente, pelos ociosos empregados, que salvam a pátria para as suas insaciáveis barrigas, desde os anos 70. Tem uma casa de alvenaria nos algures da pérola. As peças encenadas nas suas estranhas...

“Este conto não tem um titulo”…então, o que ele realmente tem? - Paula Cristina

Miller A. Matine, escritor moçambicano, entrega-nos, em “Este conto não tem um título”, uma espécie de romance de 62 páginas que é, antes de mais, um gesto de recusa: recusa o título, recusa a ordem, recusa a catarse. O que nos chega é uma narrativa que respira o desconforto da existência e expõe, sem pudor, a lama onde o ser humano se arrasta. foto de Paula Cristina  A literatura moçambicana contemporânea tem-se caracterizado por um esforço de revisitação das condições sociais, políticas e existenciais que moldam a vida quotidiana do País. Dentro desse panorama, Miller Matine surge com uma proposta ousada e perturbadora em “Este conto não tem um título”. O próprio título, ou melhor, a recusa em nomear, já constitui um gesto estético e simbólico de grande peso: como dar nome a uma experiência de vida marcada pela fome, pela degradação moral, pela violência íntima e pela ausência do futuro? O silêncio do título é, afinal, o espelho do vazio existencial que percorre por toda a narrat...