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A mostrar mensagens de setembro, 2024

Apreciação da obra o retrato dos demónios de Naji Sacaúnha

  "O Retrato dos Demónios" , de Naji Sacaúnha com selo editorial da Massinhane Edições, é uma obra que se insere no género de ficção especulativa e oferece uma experiência literária imersiva, onde o sobrenatural e o real se entrelaçam de maneira visceral. A narrativa, centrada na figura de Maria, leva o leitor a uma jornada sombria e introspectiva, permeada por angústia e mistério. O autor constrói um universo denso, em que a vida e a morte coexistem e se entrelaçam como parte de uma única experiência contínua, como ilustrado pela protagonista: "Para mim, a morte é a coisa mais natural que se pode receber da vida" (p. 23). Desde as primeiras páginas, Sacaúnha envolve o leitor em uma atmosfera carregada de tensão psicológica. O tom contemplativo da protagonista é reforçado pelas descrições poéticas e, muitas vezes, filosóficas do autor. A solidão e o desespero que dominam Maria em várias passagens evocam um profundo senso de introspecção existencial. Isso é especi

Mergulhando no ambiente de Mukhwarura por Zacarias Nguenha

O poema de Mukhwarura, presente na Colectanea Ocaso , oferece uma exploração sensível da interseção entre desejo, vazio e identidade. A primeira estrofe mergulha em uma linguagem visceral, onde o coração é personificado e se entrelaça com os elementos da casa e do corpo, criando uma imagem de intimidade e conexão física profunda. As metáforas intensas e o ritmo quase frenético refletem uma busca de prazer e uma sensação de deslocamento emocional. Na segunda estrofe, o tom muda para um lamento mais introspectivo. O "abismal vazio" e o "clamar" pela presença do outro transmitem uma angústia existencial e uma busca por completude. A comparação entre a cidade e "dois cães fornicando" sugere uma crítica à superficialidade das relações urbanas, enquanto o desejo de conexão profunda é manifestado pela "lava quente" e as "melodias de guitarra." O poema, portanto, delves na complexidade das emoções humanas e no desejo de encontrar um sentido aut

Análise ao poema do escritor e editor Jeconias Mocumbe que faz parte da Colectanea Ocaso por Zacarias Nguenha

O poema " Poema articulado " de Jeconias Mocumbi é uma reflexão complexa sobre o tempo, a memória e o simbolismo. Ele utiliza uma linguagem rica e evocativa para explorar temas de perda, transformação e o desejo de retorno a um estado de inocência. a) Estrutura e Repetição: O poema é marcado por uma repetição notável da linha "nunca nos foi cedo ou tarde / para que a ave branca fosse a bússola", que funciona como um refrão, reforçando a ideia central de que o tempo é relativo e que a busca por orientação (a ave branca como símbolo) é uma constante na experiência humana. b) Imagens e Simbolismo: A "ave branca" aparece como um símbolo de pureza, esperança e talvez guia espiritual. Seu papel como bússola sugere a busca por direção em um mundo confuso. A imagem do "mar" fluindo no "sangue" com a "ternura de uma flor ressentida" adiciona um tom de melancolia e complexidade emocional. O "mar" e a "flor ressentida"

Lançamento da obra “SISTEMAS DE EDUCAÇÃO DE MOÇAMBIQUE E FINLÂNDIA DISCUTIDOS EM LIVRO”

A Gala-Gala Edições anuncia a sessão de lançamento do livro “Moçambique e Finlândia: Perspectivas Educacionais Comparadas”, um livro colaborativo organizado pelos professores Sarita Monjane Henriksen e Albino Fernando Chavale, da Universidade Pedagógica de Maputo. “Moçambique e Finlândia” reúne uma selecção de artigos científicos, cuidadosamente elaborados, fruto do “Projecto de Promoção de Equilíbrio entre a Teoria e Prática na Formação de Professores” (TEPATE) , uma parceria entre a Universidade Pedagógica de Maputo, o Instituto Superior de Educação e Tecnologia (ISET – One World ), Universidade de Lapónia e a Universidade de Ciências Aplicadas de Jyväskyllä. O livro, de 180 páginas, é constituído por 7 artigos que discutem, de forma profunda e crítica, os sistemas de ensino de Moçambique e da Finlândia. Os autores exploram não apenas as estruturas e metodologias educacionais presentes em ambos os países, mas também as implicações culturais, sociais e políticas que moldam a ed

Mia Couto é Anunciado Vencedor do Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara

  Guadalajara, México – [02/09/2024] – O aclamado escritor moçambicano Mia Couto foi oficialmente anunciado como o vencedor do Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) 2024, na categoria dedicada à literatura em Línguas Românicas. Este prestigiado reconhecimento é uma celebração do impacto e da influência de Mia Couto na literatura global, destacando-o como uma figura central na promoção das literaturas lusófonas. O Prémio da FIL, uma das mais importantes distinções literárias da América Latina, é concedido anualmente a autores destacados por sua contribuição significativa às literaturas de línguas românicas, refletindo a riqueza e diversidade cultural dessas tradições literárias. A escolha de Mia Couto para este prémio é um testemunho do seu talento notável e do seu papel essencial na narrativa contemporânea. Mia Couto, cuja obra é amplamente reconhecida por sua inovação estilística e profundidade temática, tem cativado leitores em todo o mundo com as suas histórias