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Mensagens

Depois de um tempo de descanso, Tindzila retorna ao ciclo de conversas. Sábado, 30 de Outubro

 [...] Depois de um tempo de descanso, Tindzila retorna ao ciclo de conversas. Sábado, 30 de Outubro, o grupo vai receber a escritora caboverdiana *Natacha Magalhães*.  No ano passado, recebeu e conversou com Vera Duarte Pina, outra escritora caboverdiana. Magalhães vai nos situar o estágio da literatura caboverdiana. Para nós esse encontro será útil porque vai nos permitir conhecer uma das partes das literaturas africanas de expressão portuguesa e pode nos ajudar a fazer um estudo sincrónico da literatura caboverdiana.  *"Costuro palavras para que outras vidas existam fora de mim".* Natacha Magalhães 30 de Outubro de 2021 15:00 hrs de Cabo Verde 18:00 hrs de Moçambique 13:00 hrs de Brasil *Projecto Tindzila* Unidos pela Lei-tura

A nova proposta literária do poeta Britos Baptista ergue-se sobre os impossíveis freios para o caos

  Impossíveis freios para o caos é o título que dá o nome a obra de estreia do jovem poeta Britos Baptista. Um poeta de cuidada beleza nos seus versos e que essa beleza lhe permitiu agregar simpatia dos admiradores como o poeta das imagens. O poeta é duma poesia intimista e floreada. Uma floração que dá gosto na boca. Para não nos estender a mesquinhos silogismo que não chegam nem em parte a definir a grandeza do poeta em questão, informam-se, a todos amantes de literatura que a estreia será no dia 05 de Novembro de 2021 na biblioteca pública Provincial de Zambézia. A hora marcada para o encontro é, 8h30’. Sem atrasos e o custo da obra é 500 Mt’s.   Mini Biografia do autor Britos Adriano Baptista nasceu na cidade de Mocuba, na província da Zambézia, em Moçambique. É licenciado em Tradução de Francês/Português, pela Universidade Eduardo Mondlane. É tradutor e interprete ajuramentado de Francês/Português e vice-versa. É escritor e poeta. É membro da AMOJOF (Associação Moçambi

Paulina Chiziane é prémio Literário Comões 2021

    A escritora e a primeira romancista moçambicana, que se estreou naltura com “Baladas de Amor ao vento” é a grandeza vencedora do maior prémio da língua portuguesa. Aos 66 anos, ela é a primeira mulher africana a vencer o prêmio e leva para casa 100 mil euros. O anúncio foi feito pela Biblioteca Nacional no início da tarde desta quarta-feira (20) e o júri – composto por seis intelectuais conhecedores da literatura da língua portuguesa – destacou a vasa produção e recepção crítica de Paulina, bem como o reconhecimento acadêmico e institucional da sua obra. A importância que Chiziane dá em seus livros aos problemas da mulher moçambicana e africana e seu trabalho recente de aproximação aos jovens também foi lembrado pelos jurados. Os autores moçambicanos que já receberam as distinções são José Craveirinha, em 1991, e Mia Couto em 2013.  Paulina Chiziane disse que foi teimosa, mesmo estando fora dos “cânones consagrados da altura” de sua instrução inicial. Ela considera ter

Adelino Albano Luís é o vencedor do 4° Concurso Literário Calane da Silva, 2021

  Se publicar livro não é uma coisa fácil para os "novos talentos" em Moçambique, a única alternativa de se estrear é "caçar" concursos literários nacionais e internacionais para chamar a sina. O quinhão. Contudo, aqui ficam algumas inquietações: e aqueles que não vencem, cujas obras têm qualidade literária, quando é que hão-de publicar os seus trabalhos? E aqueles que não gostam de concorrer, têm bons textos, não têm dinheiro para editar um livro, submetem os seus manuscritos e as editoras que são uma espécie de filtros nem sequer respondem/reagem, quando é que hão-de publicar as suas obras? Um Moçambique novo, com uma literatura nova e uma história nova, a forma de ver as coisas deveria ser diferente. Claro, se se quiser catapultar a Literatura Moçambicana, decerto. Enfim, são os concursos literários que continuam a ser a porta de entrada de alguns escritores emergentes. E, não diferente, foi pela mesma porta que Adelino Albano Luís encontrou a redenção. O vencedo

Otildo Justino Guido no FOLIO

Otildo Justino Guido, jovem escritor moçambicano, membro e Co-mentor do projecto Tindzila, laureado com o Prémio Fernando Leite Couto em 2019, participa do FOLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal.  Otildo Justino Guido participará de sessões de conversa, fará o lançamento dos seus livros “O silêncio da pele” (Prémio Fernando Leite Couto 2019) e “O osso da água” (Prémio de Poesia Judith Teixeira 2020). Além de uma Residência Artística.  A deslocação tem o apoio do Município de Óbidos, Câmara de Comércio Portugal Moçambique e a Fundação Fernando Leite Couto. Mini biografia  Otildo Justino Guido, de 22 anos de idade, nasceu no distrito de Homoíne, província de Inhambane. Co-mentor do  Projecto Tindzila,  Gestor do CC Palavra & Sol, frequenta o curso de Contabilidade e Auditoria na Universidade São Tomásde Moçambique, na cidade de Xai-Xai, Gaza.

João Baptista prémio Nó da Gaveta

  João Baptista representando o Centro do pais, se junta a Cleyde Pamela e Laliana João Mahumane e são grandes vencedores do concurso Nó da Gaveta Cleyde Pamela, representante da Zona Norte; João Baptista, da Zona Centro, e Laliana João Mahumane, da Zona Sul.  O anúncio feito esta segunda-feira, através das redes sociais do projecto, destaca a qualidade dos três contos, nomeadamente O Sonho de Chinguana, As Aventuras de Manuelito e O outro lado das flores, respectivamente. As três obras, foram distinguidas entre as sete finalistas, sendo quatro textos para Zona Sul, dois para Zona Norte e apenas um para a Zona Centro.  Os vencedores do Concurso Literário Nó da Gaveta têm entre 19 e 30 anos de idade, e são residentes das províncias de Nampula, Manica e Maputo. Biografia de JB Já João Baptista, de 30 anos, nasceu em Mwanza, Malawi. Registado sob o Posto Administrativo de Zóbuè, distrito de Moatize, província de Tete e reside em Manica. Venceu, em 2010, na Escola Secundária Geral Macombe

Por cima de toda a folha

  Por Nelson Saúte Conheci o Heliodoro Baptista em 1987, numa das suas raras vindas a Maputo, à época, e tornámo-nos amigos imediatamente. Recordo-me de, numa ocasião, no jardim Tunduru, meses antes de ele dar à estampa o seu primeiro livro Por Cima de Toda a Folha, me ter dado a conhecer o seu original. Estranhei que o livro não tivesse aquele que eu considerava o seu mais belo e pungente poema até à data – “Poema à Filha de Thandi” – que era e é um poema arrebatador. Felizmente, o Heliodoro ainda foi a tempo de incluí-lo no livro. Na verdade, ele pensava que o mesmo deveria fazer parte de um livro posterior. Por Cima de Toda a Folha foi editado em 1987, e o livro seguinte – A Filha de Thandi - seria publicado em 1991. O Heliodoro era um poeta da linhagem dos poetas que se revêem numa poesia como forma de conhecimento, numa poesia eclética. Releva daí o facto de a discussão que se despoletou sobre a questão da intertextualidade, naqueles anos, não ser de todo, em relação a ele, alheia